Apesar de não ter
filhos, eu gosto muito de crianças. Tenho muita amizade com uma família da
igreja que tem dois filhos. De vez em quando, costumo levar essas crianças para
passear no parque ou no cinema. Porém, eu notava que, ao final do passeio, quase
sempre eu me sentia esgotado. E, quando entregava as crianças de volta para a
mãe delas, eu me sentia aliviado. As crianças pareciam demandar tanto da minha
atenção, que não aguentava ficar muito tempo com elas.
Certo domingo, eu
tinha planejado sair de novo com essas crianças. Pela manhã, estudando a Lição
Bíblica, eu fiquei pensando no primeiro mandamento: “Não terás outros deuses
diante de Mim” (Êxodo 20:3). Como sei que Deus é Amor, eu substituí a palavra
“deuses” pela palavra “amores”. E afirmei: Eu não posso ter outros amores além
do Amor, que é Deus. Pensei que eu não devia amar aquelas crianças com um amor
humano, pessoal, limitado. Pois esse amor humano se esgota facilmente. Eu devia
amá-las com o Amor divino, que é espiritual, impessoal e infinito. Esse Amor é
inesgotável, nunca se cansa de amar. E eu sou a expressão infinita desse Amor
infinito. Essa maneira de pensar me trouxe paz.