30 de agosto de 2013

O Novo Mandamento



“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (João 13:34).

Por que Jesus falou que este é um “novo mandamento”, se é tão parecido com o segundo grande mandamento: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39) ? Admito que não via muita diferença entre os dois, até que percebi que amar os outros como Jesus me amou é diferente de amar os outros como amo a mim mesmo. Então parei pra pensar: como é que Jesus nos amou?

A resposta mais tradicional a essa pergunta é: “Jesus deu a sua vida por nós”, e por isso, para amar como ele amou, “devemos dar a nossa vida por nossos irmãos” (1 João 3:16). Isso não significa que devemos morrer pelos outros, mas sim dedicar nossa vida a ajudar os outros.

Jesus deixou o humano pelo divino. Ele deixou em segundo plano sua identidade humana e assumiu sua identidade espiritual, o Cristo, para poder ajudar os outros refletindo o Amor e o poder de Deus. Para amar como Jesus amou, nós também podemos fazer o mesmo. Podemos deixar de lado nossa identidade humana e assumir nossa identidade espiritual, o Cristo, a verdadeira natureza divina de cada um de nós, que Jesus manifestou tão bem, e que nós também podemos manifestar, seguindo o seu exemplo. Essa é uma das maneiras de seguir o novo mandamento, de amar como Jesus amou.


Podemos achar mais uma resposta interessante à pergunta “como Jesus nos amou?” nas próprias palavras de Jesus: “Como o Pai me amou, também eu vos amei” (João 15:9). Jesus amava os outros como Deus o amava. Portanto, nós também podemos a amar os outros como Deus nos ama.

Como é que Deus nos ama?
Ele é paciente conosco. Infinitamente paciente. Estamos dispostos a ser pacientes com os outros também? Deus nunca fica bravo conosco, pois Ele nos vê e nos conhece como realmente somos, Seus filhos e filhas perfeitos e completos. Estamos dispostos a ver os outros desta mesma maneira? Deus nos apoia, nos protege, nos supre, nos ensina, nos guia. Deus está sempre ativo e nos abençoa continuamente. É assim que Ele nos ama. Estamos dispostos a amar os outros do mesmo modo?

Jesus sentia o amor infinito de Deus e refletia esse Amor aos outros. Jesus nos amava, não com amor humano, mas com o amor divino. Um amor puro, isento de medo, livre, espontâneo e verdadeiro. Seguindo o seu exemplo, nós podemos amar com o amor que vem de Deus e é infinito e inesgotável. Podemos amar refletindo o Amor que é Deus, em quem “vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17:28).

Sim, nós podemos amar como Jesus nos amou. Nós podemos e devemos amar com Deus nos ama. Agora mesmo, nós temos o privilégio de seguir esse novo mandamento, que é uma benção infinita para nós e para os outros.

26 de agosto de 2013

Toda função do homem é governada por Deus


Toda função do homem real é governada pela Mente divina.” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 151).

Orando com esse trecho, podemos saber que todas as funções do organismo humano (visão, audição, respiração, circulação, digestão, excreção, locomoção, etc.) são governadas pela Mente divina. Nenhuma função “deixa de funcionar” sob o governo perfeito dessa Mente que é Deus.

Mesmo quando somos tentados a pensar que uma função é física, na realidade é uma função mental, pois o corpo é governado pelo pensamento. O corpo é o pensamento exteriorizado. E o nosso pensamento é governado pela Mente divina. Portanto, nosso pensamento e nosso corpo funcionam harmoniosamente sob o governo perfeito de Deus, a Mente divina.


No trecho citado, a palavra “função” pode ser substituída por “capacidade” ou “atividade”. Assim podemos orar reconhecendo que toda capacidade do homem real é governada pelo Princípio divino, e toda atividade do homem real é governada pelo Amor divino.

O homem e a mulher também têm funções sociais, como ser filho, cônjuge, pai ou mãe, trabalhador e contribuinte de diversas maneiras para uma sociedade melhor. Então podemos lembrar que “toda função (social) do homem real é governada pela Mente divina”.

Qual é nossa função ou nossa missão na sociedade? É amar, é fazer o bem. Então podemos ter a certeza de que, qualquer que seja nossa atividade, qualquer que seja o jeito que somos inspirados a amar e a fazer o bem, nossa missão “é governada pela Mente divina”, e é um sucesso.

22 de agosto de 2013

O que é de Deus não se perde



Gostaria de compartilhar a inspiração que tive ao estudar o seguinte trecho do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy:

Se a ilusão disser: ‘perdi a memória’, contradize-a. Nenhuma faculdade da Mente se perde” (p. 407).

Percebi que não é comum ouvirmos a afirmação: “perdi a memória”, mas é muito comum falarmos ou ouvirmos a declaração similar: “esqueci”. Então, podemos utilizar esse trecho assim: “Se a ilusão disser: ‘esqueci’, contradize-a. Nenhuma faculdade da Mente se perde”.

A memória é uma das faculdades da Mente divina, e nós refletimos por completo essa Mente. Não há um aspecto dela que não manifestamos integralmente, pois somos a imagem e semelhança de Deus. Lembrando dessa verdade nós podemos rejeitar a crença de que esquecemos algo importante, ou de que nossa memória possa ser falha ou limitada. Deus sabe tudo e lembra de tudo o que é real. Por sermos o reflexo de Deus, por sermos unidos a Deus, nós também refletimos essa capacidade. Nada pode nos tirar isso. Nada pode tirar de nós uma capacidade que Deus nos deu. A capacidade de lembrar o que precisamos lembrar.


Também gosto desse trecho porque ele refuta a crença de que envelhecemos e perdemos algumas faculdades.  A passagem pode se desdobrar em várias outras similares, como por exemplo: “Se a ilusão disser: ‘perdi o entusiasmo’, ou ‘perdi o vigor’, ‘perdi a saúde’, ‘perdi o equilíbrio’, ‘perdi o domínio sobre o corpo’, contradize-a. Nenhuma faculdade da Mente se perde.” Nosso verdadeiro ser não envelhece porque Deus não envelhece, e é nEle que temos o nosso ser. Todas as vibrantes qualidades de Deus são nossas também, para sempre. A saúde, a vitalidade, a força e a inteligência que Deus nos deu jamais diminuem ou se perdem. São qualidades eternas de Deus, refletidas eternamente por nós.

Podemos inclusive aplicar esse trecho para vencer muitas outras crenças.
“Se a ilusão disser: ‘perdi o suprimento’, contradize-a. Nada que é concedido por Deus, o infinito sustentador, se perde.”
“Se a ilusão disser: ‘perdi a paz’, contradize-a. Nenhuma benção concedida por Deus se perde.”
“Se a ilusão disser: ‘perdi o afeto por tal pessoa’, contradize-a. Nenhuma faculdade do Amor se perde.”

Se achamos que perdemos algo, podemos orar com essas verdades para superar a ilusão de perda e compreender que tudo o que Deus nos dá jamais pode se perder.

13 de agosto de 2013

Verdades divinas que detêm o crime


Ao caminhar pela calçada em frente ao prédio onde moro, vi do outro lado da rua dois meninos assaltarem uma mulher e saírem correndo.  Não tive reação imediata. Só observei que a mulher se recompôs e voltou a seguir seu caminho. Depois fiquei triste comigo mesmo, pois achei que devia ter corrido atrás dos garotos gritando “pega ladrão” ou ter ligado pra polícia imediatamente.

Mas lembrei do trecho da Bíblia: “as armas de nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus” (2 Corintios 10:4).  Senti que Deus estava me convidando para ter uma reação mais elevada e eficiente contra o crime: a oração.

Voltei pra casa e comecei a orar, mas com uma dúvida: será que minha oração poderia abençoar aquela situação? Será que aqueles meninos continuariam a andar pelo meu bairro assaltando outras pessoas? Como minha oração poderia ajudar a detê-los? Apesar das dúvidas, voltei-me de todo o coração a Deus em oração, tentando ouvir o que Ele me diria.

Lembrei de um trecho do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, que diz em relação a alguém que age como um criminoso: “Deus o prenderá. A justiça divina o manietará” (p.105). Eu afirmei essas duas verdades em minha oração, porém percebi que não estava tendo fé no que afirmava. Pensei: será que eu realmente acredito que Deus tem poder de prender esses dois criminosos e algemá-los?

Por que não? Deus é onipresente, portanto eles não podem estar fora da presença de Deus. Deus é onipotente, ou seja, tem todo o poder para detê-los e impedi-los de cometerem mais crimes. Deus é Mente, Ele é a única fonte de ideias para aqueles garotos. Tudo o que eles pensam vêm de Deus, a Mente única. E dessa Mente só podem vir pensamentos bons, que os guia a fazerem coisas boas e corretas. Eles não existem separados da Mente divina. Eles não têm mentes próprias, que caem em tentação de fazer o mal, iludidos de que se beneficiarão com o prejuízo de outros. Não. Eles só podem pensar o que Deus pensa, só podem ter pensamentos de amor.

Lembrei de outro trecho de Ciência e Saúde que diz: “A Ciência Cristã revela que a Verdade e o Amor são as forças motrizes do homem” (p. 490). Reconheci em minha oração que aqueles meninos são movidos e impulsionados pela Verdade e o Amor, portanto não tinham poder para fazer algo ruim. Cada pensamento e ato deles só pode provir de Deus, portanto eles só podem fazer o bem.

Eles não têm mente separada de Deus, para pensar errado. Eles não têm vida separada de Deus para agir errado.  Eles não têm poder separado de Deus, para fazer o mal. Eles não tem nada que não lhes provenha de Deus. Eles não são nada sem Deus. E com Deus eles só podem fazer o bem.

 O que eu tinha presenciado era um não-evento, um sonho mortal de que exista três pessoas separadas de Deus, girando em órbita própria: dois perpetradores e uma vítima de um crime. Em realidade nada pode separá-los do amor de Deus. A mulher estava revestida com a armadura do Amor e não foi tocada pelo ódio. E os meninos são incapazes de expressar uma qualidade que não venha de Deus, pois eles também estão unidos a Deus. Os três vivem, se movem e existem em Deus, o Bem, portanto não podem ser vítimas nem perpetradores do mal.

Eu estava me “apressando em compreender que a Vida é Deus, o bem, e que em realidade o mal não tem lugar nem poder na economia, quer humana, quer divina” (Ciência e Saúde, p. 327). O mal não tem lugar nem poder na minha rua, nem em qualquer outro lugar do planeta, pois Deus, o bem, é tudo e enche todo o espaço.

Também tive a certeza de que “o Amor divino corrige e governa o homem” e que “só esse Princípio divino reforma o pecador”. Sei que os dois garotos estão sendo constantemente corrigidos, reformados e governados pelo Amor onipresente, portanto estão impedidos de cometer mais erros, mas são compelidos por Deus a acertar, a fazer o bem.

Com toda essa oração eu fiquei em paz, e convicto de que Deus, o Amor onipotente, realmente estava atuando e que prendera aqueles dois meninos, ou seja, prendera o pensamento deles à verdade de que eram filhos de Deus, capazes de fazer somente o bem. Essa verdade os liberta do crime.

Todas as verdades espirituais reconhecidas nessa oração são potentes para deter o crime em nossas ruas e em todos os escalões do governo de nosso país. É a Verdade que liberta o nosso pensamento de todo erro, e destrói toda crença no mal e todo medo do mal, e os substitui pela compreensão de que Deus, o Bem infinito, ocupa todo o espaço e tem todo o poder, pois Deus, o Amor, é Tudo-em-todos.

9 de agosto de 2013

Nossa herança espiritual


Na Ciência Cristã aprendemos que o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, juntamente com a Bíblia, devem ser estudados, ponderados e colocados em prática. Cada vez que os estudo, seja individualmente ou em conjunto, sempre encontro ideias que atendem minhas necessidades, ideias essas que fazem com que, à cada leitura, o mesmo trecho muitas vezes se apresente como renovado.

Algum tempo atrás, ouvi o relato do testemunho de uma pessoa que, apesar de suas orações e de seu estudo diligente da Ciência Cristã, enfrentou um longo período de desafios persistentes. Certo dia, após ter orado, pediu de todo o coração que Deus lhe desse uma orientação, que lhe mostrasse o que deveria ser feito para solucionar aquele caso. Nesse momento, lembrou-se que a Sra Eddy muitas vezes abria sua Bíblia à esmo em busca de respostas, orientação e cura, e sentiu-se inspirada a fazer o mesmo.  
Abriu sua Bíblia ao acaso e caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).
A primeira coisa que lhe veio à mente ao ler essas passagens foi: isso não tem nenhuma relação com o meu problema! Decidiu tentar novamente. Orou, e de olhos fechados abriu sua Bíblia. Pela segunda vez, caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Pensando novamente que esses trechos não tinham nenhuma relação com o problema em questão, repetiu o processo e novamente caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Após essa terceira tentativa, ela até chegou a cogitar que sua Bíblia estivesse “viciada” em abrir nas mesmas páginas. Mas foi então que lhe veio um anjo, um pensamento de Deus, mostrando-lhe que aquela era a resposta de Deus para suas orações.

Ao reler esses trechos várias vezes, percebeu que tinha que curar em seu pensamento uma crença em hereditariedade. Deu-se conta de que aceitar sua origem como material, seria carregar uma falsa herança que tinha resultado naquela situação discordante em que se encontrava.

Após ter descoberto esse erro, ela foi capaz de anulá-lo em seu pensamento e substituí-lo pela verdade de que a única herança de todo homem, mulher e criança é sua origem espiritual. Então, a cura se processou natural e espontaneamente como o nascer do sol pela manhã.

É interessante notar que nesses trechos bíblicos tem-se a tentativa de apresentar uma genealogia detalhada de Jesus. José aparece citado como fazendo parte da  “árvore genealógica” de Jesus, muito embora ele não seja seu pai biológico. Acredito que esses trechos dizem respeito não a um suposto vínculo carnal hereditário entre as diferentes gerações, mas revelam o crescimento espiritual de cada um dos personagens citados. Pois com a expressão de seus atos de amor, de suas qualidades espirituais, cada um deles contribuiu para o aparecimento do Cristo.

Que alegria ser capaz de perceber que a verdadeira árvore genealógica do homem é espiritual e completamente boa. As qualidades divinas são a nossa única herança. Não precisamos aceitar a sugestão de que somos como algum mortal, que herdamos doenças, gênio, propensões, advindos de uma árvore genealógica.

Quanta liberdade essa compreensão nos traz! 


5 de agosto de 2013

Atos Radicais

Que tal caminhar sobre as águas como Jesus fez? Não, não é um novo filme de Hollywood com um super astro. É apenas mais uma experiência inspiradora na vida de jovens de todas as idades, de todas as raças, de todas as religiões.

Atos radicais, ou Radical Acts no original em inglês, é uma comunidade ecumênica online que segue os ensinamentos mais difíceis de Jesus. Foi criada pela juventude da Ciência Cristã, mas está aberta a pessoas de todas as religiões que buscam um mundo melhor. Os participantes comprometem-se a viver da maneira como Jesus nos instruiu a viver e partilham suas experiências com o resto do grupo, inspirando uns aos outros.


Jesus disse: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 15:12) Tarefa simples, não? Afinal, somos todos cristãos e somos todos seres amorosos. Pois essa experiência pode se tornar um desses Atos Radicais.

Como assim “amar” é um Ato Radical?

Pare e pergunte a si mesmo como você age e/ou reage àquelas pessoas que o rejeitam de alguma forma, pois você não tem o mesmo estilo, a mesma situação financeira, ou as mesmas ideias, ou simplesmente porque é de outro país, outra raça, outra religião. Ou como age e/ou reage àquelas pessoas que o magoaram de alguma maneira.

Pensou? Agora, pense em como Jesus lidou com as pessoas que o traíram, desprezaram, açoitaram, questionaram sua origem. Ele via a todos como filhos de Deus, refletindo as qualidades dEle, como amor, harmonia, compaixão. Perdoou a cada um por seus atos, por suas desconfianças. Não guardou rancor, nem mágoa, porém, curou e amou incondicionalmente.

Então, preparado para esse exercício diário, contínuo e recompensador? Acesse o site http://time4thinkers.com/category/etc/portugues/ e leia os relatos de diversos participantes que se dedicaram a seguir esses ensinamentos e passaram a curar enfermos, expulsar demônios, ressuscitar mortos, perdoar 70 x 7, entre outras experiências cheias de inspiração.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Eddy escreve “O bem que fazes e incorporas, te dá o único poder que se pode alcançar.” (p.192) Esse poder vem direto de Deus, o Tudo-em-tudo, que enviou seu único filho para nos mostrar o caminho, para nos ensinar como agir, como viver, como cuidar uns dos outros.

Comprometa-se também com os ensinamentos de Jesus, alimente as multidões famintas, acalme as tempestades, lave os pés do seu próximo e nos conte como foi essa experiência. Partilhe suas vitórias, suas conquistas, suas batalhas. Afinal, “o bem é radical.”(p.452)