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1 de setembro de 2016

Qual é a nossa parte na cura?

Ao ler os Evangelhos, podemos notar que na maioria das curas de Jesus, a pessoa curada teve de fazer algo. O cego Bartimeu teve de clamar perseverantemente por Jesus. A mulher que sofria de uma hemorragia teve de tocar na orla da veste de Jesus. Ao cego de nascença, Jesus pediu: “vai, lava-te no tanque de Siloé”. Ao homem da mão ressequida, ele disse: “estende a mão”. Aos aleijados que curou e aos mortos que ressuscitou, ele ordenou: “levanta-te”. Em várias ocasiões, a pessoa teve que dar seu consentimento à cura, respondendo à pergunta: “queres ser curado?” Era comum Jesus pedir algo da pessoa que estava sendo curada, ou seja, ela precisava tomar parte ativa na cura.

No entanto, há uma cura em que isso aparentemente não aconteceu. Em Lucas 13, lemos: “Ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas. E estava ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; E, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.”


Na primeira leitura, parece que Jesus fez todo o trabalho, e a mulher curada não fez nada. Porém, se examinarmos o relato com mais atenção, percebemos que ela fez pelo menos cinco coisas importantes:

1)    Ela foi ao lugar certo.
Por andar encurvada, essa mulher talvez tivesse dificuldade de caminhar, e provavelmente recebia olhares de dó, desprezo ou zombaria onde quer que ela fosse. Portanto, o simples fato de ela ter saído de casa para ir à sinagoga já mostra que ela fez algo. Ela enfrentou a dificuldade de locomoção e o preconceito e se apossou de seu direito de estar no lugar onde ela sentia que devia estar. E por que ela queria tanto estar na sinagoga?

2)    Ela desejou aprender e estar em comunhão com Deus
Em Ciência e Saúde aprendemos que “O desejo é oração” (p.1). O desejo dela de aprender foi recompensado. Jesus estava ensinando naquele dia. Ao ouvir seus ensinamentos, ela certamente ficou maravilhada e sentiu-se mais próxima do amor de Deus.
Talvez a mulher estivesse em um canto da sinagoga, passando-se desapercebida até ali. O fato é que, quando Jesus a viu, ele a chamou.

3)    Ela atendeu ao chamado
Ela foi até Jesus. Essa é mais uma ação da mulher. Não se sabe o quão distante ela estava de Jesus, mas mesmo no caso de estarem perto fisicamente, ela teve a ação de voltar-se a Jesus, de prestar atenção no Cristo. E quando Jesus impôs-lhe as mãos...

4)    Ela se endireitou
Ela sentiu o toque sanador do Cristo e respondeu a esse toque... endireitando-se.

5)    Ela deu glória a Deus
Ela reconheceu que fora Deus, o Amor, quem a curara, não um poder pessoal de Jesus, e ela teve gratidão a Deus. Assim ela solidificou a cura, sabendo que aquilo que Deus fez não pode ser desfeito, pois “tudo o que Deus faz durará eternamente” (Eclesiastes 3:14).

O que podemos aprender com essa história?
A importância de fazermos a nossa parte na cura. Se a mulher não tivesse o desejo de aprender e orar, ela não teria ido à sinagoga, e não teria sido curada. Se ela não tivesse atendido ao chamado do Cristo e se endireitado, ela não teria sido curada. Ou seja, se ela não tivesse feito a parte dela, ela não teria sido curada.

Quantas vezes nós deixamos de fazer a nossa parte? Quantas vezes deixamos de ir à igreja por causa dos desafios do dia-a-dia? A mulher também tinha seus desafios, mas ela os enfrentou e foi ao lugar certo.
Quantas vezes deixamos de lado nosso desejo de aprender e de orar, em troca de mero entretenimento? Quantas vezes deixamos com que os afazeres e preocupações do dia-a-dia ocupem o nosso tempo e nosso pensamento, deixando pouco ou nenhum tempo para estudar, orar e sentir-se em comunhão com Deus?


Quando estudamos a Ciência Cristã e oramos a Deus, nós vamos para o lugar mental correto, ou seja, mantemos um estado mental de espiritualidade e receptividade que nos habilita a ouvir e atender ao chamado do Cristo, “a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p.332). Ao sentirmos o toque do Cristo, a Verdade, nós naturalmente endireitamos nosso pensamento e finalmente temos a cura de que tanto precisamos. Então sentimos imensa gratidão a Deus e Lhe damos a glória. É uma bênção maravilhosa! Mas, para obtê-la, nós temos que fazer a nossa parte.

22 de junho de 2013

Reuniões de testemunhos da Ciência Cristã

Partilhando o passo à passo de nosso crescimento espiritual




Um dos meus hobbies prediletos é assistir a programas de culinária.

Eu me deleito com as receitas, com os “passo à passo”... Porém, se vocês pensam que eu sei cozinhar, se enganam, pois infelizmente não sei. Mas, apesar disso, eu realmente gosto desses programas, pois sinto como se estivesse preparando aqueles pratos maravilhosos.

Certo dia, assisti a um programa que tinha como convidada uma chefe de cozinha estrangeira. Ao iniciar o preparo de uma série de pratos, ela comentou que um deles seria muito difícil de fazer. Na verdade, ela disse que a preparação desse prato era sempre uma incógnita, pois nunca tinha certeza do resultado final. Fiquei super curiosa sobre esse tal prato e, para minha surpresa, ela anunciou que se tratava de .... Arroz.

Arroz? Puxa, esse eu sei fazer! Aliás, já fiz várias vezes, exclamei para comigo mesma.

Bem, a chefe fez todos os pratos, inclusive o arroz. E mesmo demonstrando um certo receio quanto ao resultado final, tudo deu certo.


Passado algum tempo, ao cozinhar o “básico” e preparar arroz, lembrei-me desse programa de culinária e da história dessa chefe. Nesse momento, senti uma enorme gratidão pelas reuniões de testemunhos realizadas regularmente nas igrejas da Ciência Cristã. E uma analogia me veio ao pensamento. Pensei que assim como eu poderia, com humildade, acalmar o medo dessa chefe, mostrando-lhe como faço o meu arroz e encorajando-a a seguir o passo à passo, as assim chamadas leis que aprendi em meu estudo da Ciência Cristã, permitem-me compartilhá-las nas reuniões de testemunhos. Pois se eu pude demonstrá-las em minha própria experiência, quer se trate de uma situação mais ou menos complexa, outros também o podem. As leis divinas não falham, não há medo, insegurança, dúvida ou incerteza que possam torná-las inoperantes.

Com nossos testemunhos, ajudamo-nos uns aos outros no passo à passo de nosso crescimento espiritual. Pois o que para um já foi demonstrado, para outro talvez ainda seja uma situação “a vencer”. E é assim que nos apoiamos mutuamente, que “cuidamos” uns dos outros, na igreja. Fortalecemos nossas “armas espirituais” em face aos “principados e potestades, contra os dominadores desse mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6: 12). Assim, por meio do fortalecimento de nossa compreensão de Deus e de Sua criação, as reuniões de testemunhos são um suporte coletivo importante para vencermos o medo, a insegurança, a dúvida, a incerteza, etc.

Além disso, qualquer participante que queira aprofundar sua compreensão espiritual pode entrar em contato com uma pessoa com maior experiência na prática dessas leis, alguém que possa orientá-lo em seu estudo e prática. Não é esse o papel de um praticista?

Pensando assim, de uma maneira simples, pude encher meu coração de alegria e gratidão pelos testemunhos apresentados em nossas reuniões semanais, pela vasta literatura da Ciência Cristã, pelo trabalho dos praticistas e de todos os membros das igrejas, que se apóiam mutuamente ao apoiar-se no amor do Cristo, que nunca falha, pois Deus é socorro sempre presente.