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10 de janeiro de 2019

Como orar a Deus?


Orar não é pedir para Deus fazer a nossa vontade, é ceder à vontade de Deus, que é sempre “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12:2). Orar não é barganhar com Deus, como se ele fosse um ser humano: “Ó, Deus, se Você fizer isso pra mim, eu prometo que faço aquilo”. Orar não é gritar pra Deus ouvir. É reconhecer que Deus é “a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece todas as necessidades do homem e as satisfaz” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 7). Orar é se calar e deixar Deus falar. Orar estar em comunhão com Deus.

Existem várias maneiras de orar. Vamos pensar em algumas delas? 

Pedir.
A oração de petição é a mais comum. Mas o que devemos pedir a Deus? Coisas materiais? Dinheiro, namorado, emprego? Não. Não precisamos pedir uma coisa específica, porque “Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais” (Mateus 6:8). Não precisamos informar algo à Mente que sabe tudo. Deus sabe melhor do que nós aquilo que realmente precisamos, e Ele já está suprindo essa necessidade do jeito dEle, não do nosso.

Portanto, nossa oração não deve ser: “Deus, por favor, faça a minha vontade!” É melhor seguir o exemplo de Jesus e pedir “Pai, faça-se a Tua vontade e não a minha”. Isso porque a vontade de Deus é bem melhor e vai nos abençoar muito mais do que nossa vontade limitada pode conceber naquele momento. 

O que mais podemos pedir a Deus? Que tal pedir inspiração? Esta é a melhor coisa que podemos pedir. “Pai, o que eu preciso saber agora? Qual é a mensagem divina que Você tem pra mim agora?” Depois de pedir, é fundamental ouvir o que Deus tem a nos dizer. 

Ouvir.
Outro jeito de orar é simplesmente ouvir a Deus. Mas como podemos ouvir a Deus? Primeiro temos que ficar quietos, parar de dar atenção aos sentidos materiais e a nossos próprios pensamentos e preocupações. Depois temos de nos volver a Deus com todo nosso coração, ou seja, voltar o nosso pensamento inteiro a Deus, e tentar ouvir o que Ele tem a nos dizer. 

Acredite, Deus está falando conosco o tempo todo. Nós é que precisamos estar atentos para ouvi-Lo. Mas não espere ouvir uma voz material, pois Deus é Espírito. Ele se comunica conosco através de pensamentos. Ele nos dá as ideias que precisamos ouvir. “Deus te dá Suas ideias espirituais, e elas, por sua vez, te dão suprimento diário” (Mary Baker Eddy, Escritos Diversos, p. 307). 

Quando precisamos de conforto, é maravilhoso ouvir a Deus dizendo “Não temas, que Eu te ajudo” (Isaías 41:13). É comum que Deus se comunique conosco através de trechos bíblicos. Eu, por exemplo, sempre ouço Deus me dizendo: você é “meu filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17). 


Estudar.
Quando estudamos a Ciência Cristã, estamos orando. Ao ler a Bíblia, Ciência e Saúde, o Arauto, a Lição Bíblica, assistir palestras, escutar testemunhos... nós estamos alinhando nosso pensamento com Deus, entrando em sintonia com Ele, e isso é uma excelente forma de oração.  Mary Baker Eddy nos lembra que “a letra e a argumentação mental” são “auxiliares humanos para ajudar a pôr o pensamento em concordância com o espírito da Verdade e do Amor, que cura o doente e o pecador” (Ciência e Saúde, p. 454).

Negar o erro e afirmar a verdade.
É a “argumentação mental” citada no trecho acima, e é uma oração típica da Ciência Cristã. Negar o mal e afirmar o bem. Negar aquilo que Deus não criou, e afirmar a perfeição da criação de Deus. Negar o que os sentidos materiais nos dizem e afirmar a verdade divina, que aparentemente é invisível, mas que vem à tona quando devidamente conhecida e reconhecida. Esse processo de pensamento nos ajuda a vencer o medo do mal, substituindo-o pela esperança e confiança em Deus, o Bem.

Ver.
Ver espiritualmente é uma forma de oração. Ou seja, buscar enxergar a verdade divina que está por trás da fachada do erro material. Ver o filho de Deus, santo e saudável, por trás do que parece ser um homem pecador e doente. Deus vê espiritualmente e Ele nos deu essa visão espiritual, essa capacidade de ver por trás das aparências. 

Se achamos que isso é difícil, podemos pedir a ajuda de Deus, orando assim: “Pai, me ajude a ver essa pessoa como Você a vê, me ajude a vê-la com os Seus olhos!”. Provavelmente Jesus pedia essa ajuda ao Pai, pois sabemos que “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (Ciência e Saúde, p. 476). Nós também podemos enxergar espiritualmente e provar que essa visão espiritual traz cura.

Sentir.
Simplesmente sentir a presença de Deus, sentir o amor de Deus por nós, é orar. Podemos reconhecer que Deus é “o Amor, que está por baixo, por cima e em volta de todo ser verdadeiro” (Ciência e Saúde, p. 496). Esse reconhecimento consciente nos ajuda a sentir o amor de Deus nos envolvendo, nos protegendo, nos corrigindo, nos guiando e nos governando. Sentir Deus nos amando infinitamente é a melhor sensação que existe! E essa sensação eleva nosso pensamento e traz cura.

Agradecer
Orar não é só pedir, é também agradecer. Agradecer a Deus por todo o bem que Ele nos dá constantemente. Quando paramos para agradecer, nós percebemos melhor as bênçãos que Deus nos deu, e apreciamos mais essas bênçãos. Essa gratidão nos traz alegria genuína.

Quando estamos reclamando, ou preocupados com nossos problemas, podemos parar, reconhecer as bênçãos que Deus nos deu e agradecer por cada uma delas. Essa oração de agradecimento é eficaz para anular um estado mental de tristeza pelo passado ou medo do futuro, e para elevar nosso pensamento a Deus, que nos dá a inspiração exata para solucionar nossos problemas. 


Ceder e confiar.
É deixar a nossa vontade pela vontade de Deus. É parar de tentar delinear a solução do problema e deixar que Deus resolva. É confiar que Deus sabe mais do que a gente. É se render a Deus. É uma atitude mental que diz: “Deus, Você assume o controle agora”. Ceder envolve uma confiança completa em Deus, abandonar qualquer senso de que estamos separados dEle. É deixar de achar que conseguimos resolver o problema sozinhos, ou que os outros vão resolver, e entregar tudo nas mãos de Deus. É trocar a mente humana pela Mente divina. É deixar o ego (nosso ou dos outros) pelo Ego, Deus. É deixar o eu... pelo EU SOU. Isso é ceder e confiar. E isso é uma forma de oração.

Amar.
Orar é amar. Amar é orar. Quando amamos a Deus, nós estamos orando. Deus é nosso Pai-Mãe, que cuida de nós. Deus é nossa Mente, nosso Espírito, nossa Alma, nosso Princípio, nossa Vida, nossa Verdade e nosso Amor. Ele é Tudo para nós. Por isso é fácil amá-Lo, pois “Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Nós sentimos esse Amor e retribuímos naturalmente amando-O de volta. 

Amar ao próximo como a si mesmo também é uma oração. Deus ama a todos incondicionalmente, igualmente e infinitamente. Quando amamos nosso próximo nós estamos nos unindo a Deus, o Amor. Unindo-nos à Deus, a Fonte infinita do amor, fica fácil amar mesmo quem não merece nosso amor, fica fácil perdoar. Amar refletindo o Amor divino é uma oração eficaz, que nos liberta de qualquer sentimento de ódio, mágoa ou rancor.

É natural alternarmos os diversos jeitos de orar. Por exemplo, se estamos com medo de alguma coisa, podemos negar o medo: “o medo não vem de Deus e portanto não tem poder sobre mim”. Depois afirmar a Verdade: “no Amor não existe medo, antes, o perfeito Amor lança fora o medo” (1 João 4:18). Depois é natural ouvir Deus nos dizendo: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel” (Isaías 41:10). Depois de ouvir essa linda mensagem divinal, a consequência natural é sentir o Amor infinito de Deus nos amando incondicionalmente. Essa sensação de estar protegido pelo Pai-Mãe Deus dissipa qualquer medo. Depois disso, podemos agradecer a Deus por ter nos livrado do medo, e nos dado coragem e paz. 

Outras orações
O livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras nos revela que existem ainda muitas outras formas de orar, como por exemplo: “O desejo é oração” (p. 1); “O esforço habitual para sermos sempre bons é oração incessante” (p. 4); “A oração coerente é o desejo de agir corretamente” (p. 9); “O desprendimento do ego, a pureza e o afeto são orações constantes” (p. 15); “Jesus orou; retirou-se dos sentidos materiais para revigorar o coração com panoramas mais luminosos, mais espirituais.” (p. 32). Isso nos mostra que orar pode ser mais fácil e natural do que pensamos, e que às vezes oramos sem nem perceber que estamos orando. E também mostra que pessoas que não se consideram religiosas também oram: quando se esforçam para ser boas, quando desejam agir corretamente, quando demonstram afeto... elas estão orando sem perceber.

O hino 298 do Hinário da Ciência Cristã começa assim: “Viste o Cristo? O Verbo ouviste? Sentes de Deus o poder?” Esse hino de Mary Baker Eddy indica três jeitos de orar já citados: ver, ouvir e sentir. E o hino continua: “A Verdade libertou, quem buscando a encontrou...” Ou seja, orar é buscar a Verdade que liberta. E podemos buscar e encontrar essa Verdade através das várias maneiras de orar. 

1 de agosto de 2016

O que buscar em primeiro lugar?

Já ouvi Cientistas Cristãos falarem que demonstraram um carro ou uma casa, querendo dizer que eles conseguiram comprar aquilo. Mas será que está certo falar que demonstramos uma coisa material?

Falando sobre a necessidade humana de suprimento material, como comida e roupas, Jesus nos orientou a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, “e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. No entanto, é muito mais comum as pessoas buscarem em primeiro lugar as “coisas acrescentadas” e esquecerem de buscar o reino de Deus e Sua justiça. É o tal desejo de “demonstrar” coisas materiais.

Nosso foco deveria estar em demonstrar as qualidades divinas que Deus nos deu, e saber que as coisas materiais que necessitamos naturalmente nos “serão acrescentadas”. Quando demonstramos inteligência, paciência, honestidade, amor e alegria em tudo o que fazemos, naturalmente nosso trabalho será sempre bem feito, e de uma maneira ou outra as coisas materiais de que precisamos nos serão acrescentadas. Mas nosso foco deve estar em demonstrar qualidades espirituais e não coisas materiais.

No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreveu: “A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade, e seria mais fácil alcançar a felicidade e conservá-la em nosso poder, se a buscássemos na Alma” (p.60). Aqui a palavra Alma é sinônimo de Deus, e os recursos que Deus tem para abençoar a humanidade não são coisas materiais, são ideias e qualidades espirituais que Ele nos dá abundantemente.

Relacionando esta frase com outros sinônimos de Deus teremos:
A Mente tem ideias infinitas para abençoar a humanidade...
A Mente tem inteligência e sabedoria infinitas para abençoar a humanidade...
O Espírito tem espiritualidade e força infinitas para abençoar a humanidade...
A Alma tem ânimo e alegria infinitas para abençoar a humanidade...
O Princípio tem ordem e disciplina infinitas para abençoar a humanidade...
A Vida tem vitalidade e saúde infinitas para abençoar a humanidade...
A Verdade tem honestidade e integridade infinitas para abençoar a humanidade...
O Amor tem bondade e amorosidade infinitas para abençoar a humanidade...

Portanto, vamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e Sua justiça, ou seja, a consciência espiritual de que Deus reina e governa harmoniosamente a humanidade. A consciência de que Deus é a fonte de todo o bem, e Ele abençoa a todos igualmente. A compreensão de que Deus é a fonte infinita de recursos, ou seja, das ideias e das qualidades de que precisamos em nosso dia a dia. Daí, com nossa consciência mais elevada e espiritualizada, nós conseguiremos ver e perceber as coisas que nos são acrescentadas.

Nós não precisamos buscar, ou sofrer para conseguir, as coisas acrescentadas. Nós só precisamos buscar a Deus em primeiro lugar, escutá-Lo, estar receptivo às ideias que vêm dEle, demonstrar as qualidades dEle em tudo o que fazemos, e naturalmente as coisas de que precisamos nos serão acrescentadas. 

Quando enxergarmos o que já existe, ou seja, o suprimento de Deus manifesto de forma tangível em nossa experiência, nós seremos gratos a Deus. E talvez nem daremos tanta importância às coisas materiais em si, pois já estaremos satisfeitos e felizes com a compreensão da Verdade e do Amor que nos envolve, nos supre, nos protege e nos abençoa. Essa sensação maravilhosa de ser infinitamente amado por Deus é a verdadeira bênção. As coisas materiais são só um acréscimo.

7 de março de 2014

Pensamento aberto a Deus

Sempre que me disponho a estudar a Ciência Cristã e a orar a Deus, acho importantíssimo estar com o pensamento aberto, receptivo às mensagens que Deus me dá.

Quando assisto a um culto na igreja, dou aula na Escola Dominical ou assisto a uma palestra da Ciência Cristã, eu sempre oro afirmando a minha capacidade e a de todos os presentes de estarmos receptivos aos ensinamentos que vêm de Deus, receptivos à verdade e ao amor que vêm de Deus.


A receptividade é uma qualidade natural das crianças, como indica esses dois trechos do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “Jesus amava os pequeninos por serem isentos do mal e receptivos ao bem” (p.236). “A disposição de vir a ser como uma criancinha e de deixar o velho pelo novo, torna o pensamento receptivo à ideia avançada” (p.323).

Nós, adultos, também podemos ter essa qualidade da receptividade. Devido à nossa eterna união com Deus, é natural estarmos totalmente abertos e receptivos às ideias que vêm de Deus, a todo amor e ao bem que Ele nos dá.

Mas a receptividade também tem um lado negativo, como está indicado no final dessa passagem de Ciência e Saúde: “A não ser que a Ciência destrua a imagem da febre, desenhada por milhões de mortais e projetada sobre o corpo pela crença de que a mente está na matéria e de que a discórdia é tão real quanto a harmonia, tal imagem pode, talvez, alojar-se em algum pensamento receptivo e tornar-se um caso de febre...” (p. 379).

Estudando esse trecho, percebi que, assim como é importante estarmos receptivos a Deus, também é importante não estarmos receptivos às crenças do mundo. Pois de outro modo elas se alojam em nosso pensamento e manifestam-se em nosso corpo ou em nossa experiência.

Portanto, gosto de orar declarando que meu pensamento não está receptivo às crenças dos homens, que geram medo. Eu estou receptivo somente às ideias que vêm de Deus, que me trazem coragem, força, esperança e alegria, e me abençoam agora e sempre.

Desse modo, todos nós podemos vigiar e orar para manter as portas de nosso pensamento fechadas às crenças dos homens e ao mesmo tempo abertas à compreensão e ao amor de Deus. Assim nos manteremos saudáveis, prósperos e felizes.

7 de julho de 2013

Necessidade profissional suprida: o Cristo promoveu nosso encontro


Gosto de pensar na onisciência, onipotência e onipresença de Deus. Orar partindo dessas ideias me ajudou a superar um desafio que enfrentei em minha vida profissional. Sou autônomo e, em certo momento, precisei procurar novos clientes para me manter financeiramente. Mas antes dar os primeiros passos humanos e checar minha lista de clientes, voltei-me a Deus em oração, lembrando-me que Seu poder e Sua presença são muito maiores do que qualquer indicação ou pessoa influente.


Pensei: neste exato momento alguém precisa de meus serviços, e Deus, em Sua onisciência, sabe quem é essa pessoa, em Sua Onipresença sabe onde ela está, e em Sua Onipotência tem poder para proporcionar nosso encontro. Afinal, trata-se de dois filhos de Deus desejando algo bom: um deseja oferecer e outro receber um serviço. E Deus supre essas duas necessidades.

Lembrei-me de um trecho da Bíblia em Filipenses 2:13 que diz “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade.” Logo em seguida, tive a ideia de visitar um estabelecimento comercial para mostrar fotos de meu trabalho e oferecer meus serviços. A pessoa ficou com meus cartões, mas não recebi nenhuma proposta concreta de trabalho.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois senti que Deus tinha me inspirado a buscar aquele lugar. Mesmo assim, continuei confiante que Deus supriria minhas necessidades. Naquela mesma noite, por indicação de uma antiga cliente, outra pessoa me ligou solicitando meus serviços já para o dia seguinte. Fiz o atendimento particular e ainda peguei o endereço de mais um cliente em potencial. Posso afirmar com gratidão que o Cristo promoveu nosso encontro e que minhas necessidades daquele momento foram completamente supridas.

Essa experiência me fez compreender que mesmo quando estamos aparentemente vulneráveis ou não vemos os resultados de nossas orações, Deus já está em ação atendendo às nossas necessidades, mesmo que não seja da forma que imaginamos. "Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles." (Mateus 18: 20)