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9 de abril de 2014

Receba as bênçãos de Deus e desfrute!

Era uma noite muito fria, me agasalhei e saí feliz rumo à reunião de testemunhos da Ciência Cristã na Igreja Filial em que sou membro.

Cheguei antes da reunião começar, tomei assento e quando olhei para baixo pensei: “Como pude fazer isso!?” Eu havia colocado aquelas meias de lã velhas e amarelas.

Eu nunca as tinha visto tão amarelas! Só dava elas! E eu me sentia desconfortável por estar em público com elas. Tentei esconder meus pés debaixo da poltrona, puxar a barra da calça para baixo, mas não tinha jeito, as meias continuavam em evidência.

Foi nesse momento que um anjo, um pensamento divino, veio a mim: “Regina, você já agradeceu por suas meias amarelas, pois está tão frio e seus pés estão tão quentinhos?  E além do mais, as pessoas não estão aqui para notar você, mas para louvar a Deus!”


Fiquei, ao mesmo tempo, grata, envergonhada e feliz. Sim, grata por aquelas meias (que agora me pareciam até bonitas) estarem nos meus pés aquecendo-os. Envergonhada por ter dado ouvidos àqueles pensamentos iniciais tão ridículos. E feliz, muito feliz por essa cura, pois pude perceber claramente que, apesar de a serpente, o erro, parecer tentar nos envolver e nos tirar do paraíso, Deus é o poder supremo.

E essas ideias me foram muito úteis em uma outra experiência.

Nossa família estava muito feliz, pois tínhamos nos mudado para um imóvel próprio, em uma vila com quinze sobrados, incluindo o nosso, e também pelo fato de uma das famílias que morava lá ser de nossos parentes. Tudo parecia muito bom.

Todavia, toda essa alegria inicial logo foi se desvanecendo, principalmente para mim.

Eu não conseguia dormir, em virtude do barulho provocado pelo transito ininterrupto de veículos, dia e noite.

Todas as manhãs, quanto eu chegava no serviço, meus colegas me perguntavam: E aí, dormiu? e eu respondia desoladamente: Não.  Alguns faziam brincadeiras jocosas, outros até eram solidários, mas não podiam fazer nada. Meu consolo era a hora do almoço, em que podia tirar uma soneca.

Além disso, nossa família se sentia bastante hostilizada nessa vila e não tínhamos ideia do porquê.

Nos sentíamos provocados, pois alguns colocavam seus carros em nossa vaga e, às vezes de tal maneira que não podíamos entrar em nossa casa, pois bloqueavam nossa porta de acesso. Chegou a tal ponto que, certa vez precisei apelar para as autoridades para que fosse retirado um carro da minha vaga, que me impedia de entrar em casa.

Para nós, o clima era tenso e não era nada amistoso, o que nos era muito difícil, pois em nossa residência anterior, vivíamos felizes com nossos vizinhos, considerando-nos mutuamente como uma família.

Confesso que pensei em vender o imóvel, pois sentia que não poderia aguentar tanta pressão. Mas durante todo esse tempo, eu orava e sempre estudava a Lição Bíblica da Ciência Cristã, o que me sustentava e consolava.

O problema de não conseguir dormir por causa do barulho durou aproximadamente uns dez dias. 

Certa noite, me deitei e não conseguia dormir. Parecia ser mais uma noite em claro, quando, de repente, me sentei na cama e declarei com firmeza: “Deus não dá para ninguém um presente de grego. Tudo o que Ele dá é muito bom e atende a todas as necessidades. Este imóvel é um presente de Deus.”

Deitei-me e dormi maravilhosamente bem. Foi um sono reparador.

No outro dia, quando meus amigos me fizeram a clássica pergunta se eu havia dormido, respondi um sonoro: Sim!!

O barulho dos veículos não me incomodava mais.


O outro problema, de nos sentirmos hostilizados na vila, durou mais tempo mas também foi curado.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy nos diz: “O melhor sermão jamais pregado é a Verdade praticada e demonstrada mediante a destruição do pecado, da doença e da morte” (p. 201). 

Gosto demais desse ensinamento, pois sempre me lembra que tenho que praticar e demonstrar a Verdade, em vez de só falar sobre Ela.

Desta forma, procurei não mais me irritar com as provocações e ser o mais gentil que conseguia, embora não fosse fácil. Mesmo assim, resolvi colocar Deus em primeiro lugar.

As coisas foram mudando paulatinamente. Uma moradora com quem tínhamos muitos problemas, acabou se mudando.  O sentimento de hostilidade foi diminuindo até que, um dia, quando eu saía de casa, algumas senhoras da vila me abordaram para dizer que queriam se desculpar por suas atitudes. Perceberam que não estavam agindo corretamente e que haviam nos julgado erroneamente.
Fiquei muito feliz e, em nome de minha família, aceitei as desculpas.

Depois disso, outra senhora me disse que seu filho queria muito ter comprado o nosso imóvel, mas quando entrou em contato com a imobiliária, o imóvel já havia sido vendido. Contudo,  agora, ela estava contente por nos ter por vizinhos.

Em Lucas 12:2, lemos “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido”.  Isso, de fato, é verdade.

Que maravilha saber que a serpente, ou o erro, não tem voz real. Sinto muita gratidão por ter ouvido a Deus, não ter vendido o imóvel, e ter testemunhado a ação divina. Curas como essa são verdadeiros presentes de Deus, bênçãos para serem desfrutadas por todos. Desfrutemos!




13 de fevereiro de 2014

O sorriso de Deus

No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreveu: “Que ultraje à formosura da natureza, dizermos que uma rosa, o sorriso de Deus, pode produzir sofrimento! A alegria de sua presença, de sua beleza e de sua fragrância, deve elevar o pensamento e dissipar qualquer sensação de medo ...” (pág. 175)


Embora a Sra. Eddy esteja falando especificamente sobre a rosa, pude constatar que essas verdades são para todas as flores e plantas. Vejamos como isso aconteceu:

Em uma época de minha vida, eu andava muito de ônibus. Ia para o trabalho pela manhã, voltava para casa para almoçar, retornava ao trabalho e, ao fim do expediente, retornava para casa.

Não há nada de especial nisso, levando-se em conta que muitas pessoas têm rotina semelhante. Todavia, havia um certo problema nessas viagens. No percurso do ônibus, havia uma grande avenida com cemitérios, inclusive um deles ocupa uma enorme extensão de um de seus lados.

Bem, meu problema eram as flores que ficam expostas para venda nas barracas das calçadas dos cemitérios. Eu tinha verdadeiro pavor delas. Por isso, quando o ônibus passava em frente ao cemitério, eu fechava os olhos e prendia a respiração.

Não podia ver nem sentir o cheiro daquelas flores. Era aterrorizante! Eu ficava petrificada o tempo todo daquele percurso em frente ao cemitério, e o pior é que a extensão é muito grande e há pontos de ônibus, nos quais o  ônibus parava para pegar e deixar passageiros.

Ficava exposta a situações desagradáveis, como estar conversando com alguém naquela hora, e também não podia sequer pensar em ganhar flores compradas daquelas barracas (eu sabia que era uma indelicadeza enorme). Acreditem, tudo isso gerava sofrimento e era muito constrangedor.

Quando conheci a Ciência Cristã e comecei a frequentar os cultos, eu não a aceitava. Saía sempre  dos cultos dizendo para mim mesma que não adiantava as pessoas serem simpáticas comigo, aquela era a ultima vez que eu tinha ido a um culto. Mas felizmente não era, pois sempre voltava na próxima reunião.

Todavia, um dia, algo mudou. Meu coração se abriu e comecei a ler o livro Ciência e Saúde. Fiquei tão maravilhada com ele, que o lia em todos os momentos de folga que tinha, principalmente na condução.

Aconteceu então que, um dia, eu estava absorta na leitura quando o ônibus parou no ponto. Eu naturalmente olhei pela janela e vi que estava parada em frente a uma barraca de venda de flores. Minha reação, todavia, foi completamente diferente das que tinha até então.

Eu ouvi como que uma voz me dizendo “Regina, elas são apenas flores”. Senti muita vida, beleza e graça naquele lugar. Era como se uma nuvem espessa tivesse passado e tudo se inundou de luz. Muita luz. Senti vontade de descer do ônibus e beijar e abraçar cada uma daquelas flores (rosas, margaridas, hortênsias, enfim, uma infinidade delas) e pedir-lhes perdão pelo pavor que senti delas por tanto tempo.

Daí pra frente, só as vejo como criações de Deus, quer as flores estejam numa floricultura, numa barraca em frente a um cemitério, numa sala de cultos, ou em qualquer outro lugar. Não tenho mais medo delas, e aprecio seu perfume. Elas são para mim “o sorriso de Deus”.

Ah!! Adoro ganhar flores. 


2 de outubro de 2013

Joia rara


Se pesquisarmos na Bíblia, no Novo Testamento, veremos que existem muitos relatos em que nosso Mestre, Cristo Jesus, nos alertou sobre o perigo das falsas riquezas (por exemplo: Mt 19: 23-30; Lc 18:24-30 e Mc 10: 23-31), ensinando-nos que os verdadeiros tesouros e valores são espirituais.

Por outro lado, na parábola constante em Mateus 13:45-46, ele nos diz:
“O Reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.”

Mas o que seria, nos dias de hoje, essa pérola, essa joia rara, tão valiosa que exige todo nosso empenho em obtê-la ao ponto de ter sido comparada ao Reino dos céus?
Quando estava pensado sobre isso, lembrei-me de uma experiência que tive há muitos anos.

Ao servir o  jantar, uma grande quantidade de caldo fervendo entornou sobre uma de minhas mãos, queimando-a.  Fechei-me em meu quarto para orar, mas não conseguia, pois a dor era tremenda. Liguei então para uma praticista da Ciência Cristã pedindo auxílio. Ela concordou em orar comigo e  amorosamente acalmou meu medo, sugerindo que eu orasse com alguns trechos da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Desliguei o telefone, mas não conseguia raciocinar direito, pois a dor continuava excruciante. Liguei novamente para a praticista e disse-lhe que não tinha condições de orar. Ela então me pediu para cantar e sugeriu que eu cantasse o Hino 149/426. Eu disse que tentaria cantar, e assim o fiz.

Lembro-me que cantei muito, repetidas vezes e, depois de não sei quanto tempo,  já exausta, deixei-me cair num sofá e adormeci. Quando acordei, verifiquei que já era de madrugada, e que não sentia nenhuma dor. Não olhei para minha mão. Simplesmente troquei de roupa e fui dormir em minha cama. Estava tudo bem.

Na manhã seguinte, verifiquei que podia usar totalmente aquela mão. Ela não doía, apesar de estar com uma aparência bem feia. Coloquei então uma blusa de manga comprida que cobria delicadamente a mão, pois não queria causar preocupações desnecessárias em meus familiares e colegas de trabalho.

Assim fui trabalhar louvando a Deus e dando graças por essa cura.

Todavia, enquanto eu digitava durante o expediente, uma colega viu o aspecto da minha mão e o comunicou à médica do trabalho. Fui chamada por ela. Após me examinar, me encaminhou a mais dois médicos e, ambos, em separado, após me examinarem com muita atenção e carinho, constataram que, apesar da aparência da minha mão, tudo estava bem e que nada tinham a fazer por mim. Fui liberada e voltei a trabalhar.

Eu estava muito agradecida a Deus por toda essa prova de Seu desvelo amoroso. Porém, no dia seguinte, um colega com quem costumava almoçar pediu-me que, enquanto minha mão estivesse naquele estado, eu não almoçasse mais com nosso grupo de colegas, pois eles não conseguiam comer vendo aquele quadro.

À principio eu fiquei muito magoada, e precisei vencer os sentimentos de decepção, solidão, marginalização, auto piedade etc. Foi preciso que eu compreendesse que esses sentimentos é que eram os falsos amigos.

Que felicidade foi poder perdoar, conviver em harmonia com todos  e, assim, seguir em frente rumo à Deus e à cura.

Apoiada pela praticista, que amorosamente me lembrava das verdades espirituais, que eram os fatos reais a respeito daquela situação, eu orava, também lia A Bíblia, vários escritos de Mary Baker Eddy, e outras literaturas da Ciência Cristã. Assim, cada vez mais me fortalecia e muito me regozijava pela criação perfeita de Deus sempre presente.

Não me lembro quanto tempo transcorreu, mas, um dia, no trabalho, eu estava digitando e, esse mesmo colega que havia pedido para eu não almoçar mais com seu grupo, ao passar pela minha mesa, viu que eu estava usando um anel de pedra marinha.
Ele pegou a mão onde estava o anel, elevou-a e disse em voz alta que eu estava usando um “lindo anel”.

Foi aí que eu olhei para o alto e, então, cheia de gratidão e com lágrimas nos olhos, respondi também em voz alta: “Linda é a minha mão!”

Todos à minha volta ficaram boquiabertos quando verificaram a aparência perfeita e normal da mão. Eu estava completamente curada.

Que “pérola de grande valor” é a Ciência Cristã! Realmente é um grande tesouro. É, incontestavelmente, uma  “JOIA RARA ”.


22 de setembro de 2013

A Primavera da renovação espiritual individual.



 A primavera é minha estação predileta! O motivo pode ser poeticamente elementar. Ela inspira-me renovação absoluta: uma renovação que, em sua essência é espiritual – autêntico fluir da espiritualidade renovando nossas perspectivas e nossa compreensão acerca de um Ser supremo e a completude de sua criação: o homem e o universo!

Um dia, quando adolescente eu estava a caminho para o escritório do então Porta-voz da Ciência Cristã para o Brasil, Ovidio Trentini, onde eu trabalhava na parte da tarde, e resolvi entrar numa floricultura para admirar as flores. Era um lugar muito lindo, com folhagens de vários tipos e muitas flores.


Uma delas, em especial, me chamou a atenção no meio de toda aquela beleza exuberante, pois era uma rosa que estava fenecendo. Confesso que me senti tocado, e questionei-me: Como poderia perceber a beleza espiritual naquela rosa? A resposta, lembro-me,  veio por inspiração divina, pois era aluno de uma Escola Dominical da Ciência Cristã e aprendi que a Vida única é Deus, e que todas as suas ideias, o ser humano e cada elemento da natureza, os animais e as flores, são parte integrante da criação divina e expressam qualidades espirituais inexoráveis e eternais.


Lembrei de uma referência sobre a rosa que Mary Baker Eddy, a descobridora da Ciência Cristã, faz no seu livro Ciência e Saúde, mencionando a rosa como o “sorriso de Deus”. Lembro de ter compreendido que aquela aparência de mortalidade, em verdade, indicava um processo divino maior, que estava além daquele quadro de degeneração e fenecimento, assim pude contemplar aquela rosa como uma ideia de Deus em sua beleza espiritual perene!


Pensei também na beleza inerente ao processo de renovação de todas as flores, pois ao cair ao solo, todas aquelas pétalas serviriam como adubo orgânico para que, do mesmo caule, brotassem e abrissem novos botões e exuberantes rosas na próxima floração!


Foi uma experiência simples de contemplação divina, onde, graças ao que vinha aprendendo na Ciência Cristã, compreendi que aquela imagem de uma rosa fenecendo, em verdade, era uma belíssima oportunidade de compreender o processo espiritual e divino de renovação que sempre volta com a primavera – um presente do Amor divino para lembrar a todos nós que a criação, divina e espiritual, inclui somente a beleza, a harmonia e o bem! Aquilo que seja contrário ao bem, como elementos de degeneração, debilidades, doenças não integram a criação divina e Seu terno cuidado por todos os Seus filhos amados – sem distinção!


Não nos indica o espirito de renovação, de cada primavera, que todos podemos renovar nosso modo de pensar e nossas atitudes em relação ao meio ambiente, nossos conceitos sobre a saúde, revitalizar nossa vida com novas perspectivas,  e nosso modo pró ativo de relacionar-se interessando-se pelo bem-estar uns com ou outros? Sim, e isto é muito bom e salutar! 
À todos, desejo uma belíssima temporada de renovação espiritual, que, além de ser um imperativo divino a cada novo dia que surge, é ainda mais evidente e notório na volta de cada primavera!!!
“..para, e considera as maravilhas de Deus.” Jó 37:14

9 de agosto de 2013

Nossa herança espiritual


Na Ciência Cristã aprendemos que o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, juntamente com a Bíblia, devem ser estudados, ponderados e colocados em prática. Cada vez que os estudo, seja individualmente ou em conjunto, sempre encontro ideias que atendem minhas necessidades, ideias essas que fazem com que, à cada leitura, o mesmo trecho muitas vezes se apresente como renovado.

Algum tempo atrás, ouvi o relato do testemunho de uma pessoa que, apesar de suas orações e de seu estudo diligente da Ciência Cristã, enfrentou um longo período de desafios persistentes. Certo dia, após ter orado, pediu de todo o coração que Deus lhe desse uma orientação, que lhe mostrasse o que deveria ser feito para solucionar aquele caso. Nesse momento, lembrou-se que a Sra Eddy muitas vezes abria sua Bíblia à esmo em busca de respostas, orientação e cura, e sentiu-se inspirada a fazer o mesmo.  
Abriu sua Bíblia ao acaso e caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).
A primeira coisa que lhe veio à mente ao ler essas passagens foi: isso não tem nenhuma relação com o meu problema! Decidiu tentar novamente. Orou, e de olhos fechados abriu sua Bíblia. Pela segunda vez, caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Pensando novamente que esses trechos não tinham nenhuma relação com o problema em questão, repetiu o processo e novamente caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Após essa terceira tentativa, ela até chegou a cogitar que sua Bíblia estivesse “viciada” em abrir nas mesmas páginas. Mas foi então que lhe veio um anjo, um pensamento de Deus, mostrando-lhe que aquela era a resposta de Deus para suas orações.

Ao reler esses trechos várias vezes, percebeu que tinha que curar em seu pensamento uma crença em hereditariedade. Deu-se conta de que aceitar sua origem como material, seria carregar uma falsa herança que tinha resultado naquela situação discordante em que se encontrava.

Após ter descoberto esse erro, ela foi capaz de anulá-lo em seu pensamento e substituí-lo pela verdade de que a única herança de todo homem, mulher e criança é sua origem espiritual. Então, a cura se processou natural e espontaneamente como o nascer do sol pela manhã.

É interessante notar que nesses trechos bíblicos tem-se a tentativa de apresentar uma genealogia detalhada de Jesus. José aparece citado como fazendo parte da  “árvore genealógica” de Jesus, muito embora ele não seja seu pai biológico. Acredito que esses trechos dizem respeito não a um suposto vínculo carnal hereditário entre as diferentes gerações, mas revelam o crescimento espiritual de cada um dos personagens citados. Pois com a expressão de seus atos de amor, de suas qualidades espirituais, cada um deles contribuiu para o aparecimento do Cristo.

Que alegria ser capaz de perceber que a verdadeira árvore genealógica do homem é espiritual e completamente boa. As qualidades divinas são a nossa única herança. Não precisamos aceitar a sugestão de que somos como algum mortal, que herdamos doenças, gênio, propensões, advindos de uma árvore genealógica.

Quanta liberdade essa compreensão nos traz! 


17 de julho de 2013

Você já agradeceu pela flor branca em seu jardim?


Certa vez, lembro-me de ter ouvido como anúncio de abertura de uma reunião de testemunhos da Ciência Cristã que quando damos um testemunho estamos compartilhando armas espirituais, armas de amor, que nos ajudam a enfrentar e vencer os desafios. Com esse mesmo espírito de amor, vou contar-lhes algo que uma amiga compartilhou comigo há muitos anos atrás.

Sua vida estava um caos. Ela era imigrante e morava em São Paulo, em um bairro pouco valorizado e considerado feio – faltava água, praticamente não tinha asfalto nas ruas e havia mato por toda parte. Ela se sentia muito triste com essa situação, triste com o rumo que sua vida estava tomando, e não conseguia ver uma saída.

Mas depois de um tempo, ela teve contato com uma praticista da Ciência Cristã e contou-lhe toda sua história. A praticista, em determinado momento da conversa, disse-lhe o seguinte: seja grata pela linda flor branca que você tem em seu jardim.

Minha amiga pensou: “Essa mulher deve estar louca! Eu só vejo mato da minha janela... tudo é muito feio.”

Voltou desiludida para casa. Mas, ao abrir a janela para arejar a casa, deparou-se com uma linda rosa branca em seu jardim. Ela ficou tão grata por aquele tesouro, que começou a arrumar tudo, sentiu-se feliz e dali em diante as coisas começaram a melhorar muito em sua vida. Ela tornou-se um membro ativo de uma igreja filial da Ciência Cristã, sendo querida e respeitada por todos.


Nessa época, eu era novata no estudo dessa Ciência. Quando ouvi esse testemunho, me calou profundamente o poder da gratidão. E essas armas de amor, como tesouros, ficaram em meu coração por algum tempo.

Todavia, com o passar dos anos, parecia que eu havia me esquecido dessa história. Foi então que, recentemente, passei por um desafio que me trouxe novamente à memória as armas de amor contidas nesse lindo testemunho. Eu estava muito chateada com algumas pessoas, e até cogitei me afastar delas. Mas aprendi na Ciência Cristã que os problemas têm de ser enfrentados e vencidos. O Hino número 18 de nosso Hinário nos diz em parte: “Cumprir teu dever é dar tudo, vencer”.

Puxa, eu sabia que tinha que vencer, não pessoas, mas o sentido material que me mostrava um quadro tão desarmonioso, um caos e, sobretudo, ingratidão. No começo, associei a ingratidão à aquelas pessoas. Mas depois, quando comecei a orar e a prestar atenção aos anjos, às mensagens que vinham de Deus, vi que era eu quem não estava manifestando gratidão.
No início foi difícil aceitar essa ideia. Mas então me veio ao pensamento: você já agradeceu pela flor branca em seu jardim?

Nesse momento, aquela flor branca passou a representar para mim a importância da gratidão. Dei-me conta de que eu tinha muito a agradecer pelas lições que havia aprendido com aquelas pessoas até então.

Mentalmente, comecei a enumerar as graças que tinha recebido por tê-las conhecido. Quando finalizei minha lista mental (não que essa lista tenha acabado, pois posso sempre contar novas graças) eu experimentei novamente a liberdade de amar a todos com pureza, sinceridade e desprendimento. Que maravilha!

Pude aprender com essa experiência que, embora um testemunho de cura pareça ter sido esquecido, para Deus não há esquecimento, pois como podemos ler no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, “Não suponhas que um conceito mental qualquer se tenha perdido porque não pensas nele. O conceito verdadeiro nunca se perde.” (p. 87)

Como sou grata a todos que, com tanto amor, louvam a Deus através de seus testemunhos, nas reuniões de testemunhos, em todos os periódicos da Ciência Cristã, e em todos os meios de comunicação de que dispomos!