13 de fevereiro de 2014

O sorriso de Deus

No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreveu: “Que ultraje à formosura da natureza, dizermos que uma rosa, o sorriso de Deus, pode produzir sofrimento! A alegria de sua presença, de sua beleza e de sua fragrância, deve elevar o pensamento e dissipar qualquer sensação de medo ...” (pág. 175)


Embora a Sra. Eddy esteja falando especificamente sobre a rosa, pude constatar que essas verdades são para todas as flores e plantas. Vejamos como isso aconteceu:

Em uma época de minha vida, eu andava muito de ônibus. Ia para o trabalho pela manhã, voltava para casa para almoçar, retornava ao trabalho e, ao fim do expediente, retornava para casa.

Não há nada de especial nisso, levando-se em conta que muitas pessoas têm rotina semelhante. Todavia, havia um certo problema nessas viagens. No percurso do ônibus, havia uma grande avenida com cemitérios, inclusive um deles ocupa uma enorme extensão de um de seus lados.

Bem, meu problema eram as flores que ficam expostas para venda nas barracas das calçadas dos cemitérios. Eu tinha verdadeiro pavor delas. Por isso, quando o ônibus passava em frente ao cemitério, eu fechava os olhos e prendia a respiração.

Não podia ver nem sentir o cheiro daquelas flores. Era aterrorizante! Eu ficava petrificada o tempo todo daquele percurso em frente ao cemitério, e o pior é que a extensão é muito grande e há pontos de ônibus, nos quais o  ônibus parava para pegar e deixar passageiros.

Ficava exposta a situações desagradáveis, como estar conversando com alguém naquela hora, e também não podia sequer pensar em ganhar flores compradas daquelas barracas (eu sabia que era uma indelicadeza enorme). Acreditem, tudo isso gerava sofrimento e era muito constrangedor.

Quando conheci a Ciência Cristã e comecei a frequentar os cultos, eu não a aceitava. Saía sempre  dos cultos dizendo para mim mesma que não adiantava as pessoas serem simpáticas comigo, aquela era a ultima vez que eu tinha ido a um culto. Mas felizmente não era, pois sempre voltava na próxima reunião.

Todavia, um dia, algo mudou. Meu coração se abriu e comecei a ler o livro Ciência e Saúde. Fiquei tão maravilhada com ele, que o lia em todos os momentos de folga que tinha, principalmente na condução.

Aconteceu então que, um dia, eu estava absorta na leitura quando o ônibus parou no ponto. Eu naturalmente olhei pela janela e vi que estava parada em frente a uma barraca de venda de flores. Minha reação, todavia, foi completamente diferente das que tinha até então.

Eu ouvi como que uma voz me dizendo “Regina, elas são apenas flores”. Senti muita vida, beleza e graça naquele lugar. Era como se uma nuvem espessa tivesse passado e tudo se inundou de luz. Muita luz. Senti vontade de descer do ônibus e beijar e abraçar cada uma daquelas flores (rosas, margaridas, hortênsias, enfim, uma infinidade delas) e pedir-lhes perdão pelo pavor que senti delas por tanto tempo.

Daí pra frente, só as vejo como criações de Deus, quer as flores estejam numa floricultura, numa barraca em frente a um cemitério, numa sala de cultos, ou em qualquer outro lugar. Não tenho mais medo delas, e aprecio seu perfume. Elas são para mim “o sorriso de Deus”.

Ah!! Adoro ganhar flores. 


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