18 de agosto de 2014

O amor divino corrige o homem

O que pensamos sobre políticos acusados de corrupção? E sobre fiscais, policiais, servidores públicos, ou qualquer pessoa que cai na tentação de ser desonesto para ganhar um dinheiro extra?

O sentimento que a maioria das pessoas têm é de raiva e ódio. Mas será que esse ódio ajuda a corrigir a situação? Será que o ódio ajuda os corruptos a serem pessoas melhores? Será que o ódio que sentimos faz bem para nós mesmos? Certamente que não.

Então o que fazer quando lemos ou ouvimos notícias de corrupção, ou nos deparamos com alguém desonesto em nosso dia-a-dia?

Podemos seguir o exemplo de Jesus.
Certa vez, enquanto caminhava pela cidade de Jericó, ele se deparou com um coletor de impostos chamado Zaqueu. Este era conhecido na localidade por cobrar impostos maiores do que deveria e embolsar para si o excedente. Todos o odiavam. Porém, o ódio de toda a população de Jericó não ajudou Zaqueu a se corrigir. Mas, quando ele subiu em uma árvore para ver Jesus passar, algo diferente aconteceu.


Ele foi tratado com amor. Não com amor humano, que condescende com o erro, mas com amor divino, que separa o erro da pessoa. Esse amor divino condena a desonestidade, mas consegue ver um filho de Deus por trás da aparência de um homem desonesto, e ama a esse filho de Deus.

Jesus não tratou Zaqueu com ódio, nem lhe deu uma bronca, nem o ameaçou. Jesus pediu para se hospedar na casa de Zaqueu. Este ficou muitíssimo honrado de hospedar um profeta de Deus. E quando Zaqueu recebeu Jesus em sua casa, ele ficou tão tocado pelo amor do Cristo, que resolveu corrigir suas atitudes e ser um homem melhor e mais honesto.

Mary Baker Eddy escreve em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O amor divino corrige e governa o homem” (p.6). Não é o ódio humano que corrige e governa o homem, mas sim o amor divino.

No mesmo livro também lemos que Cristo é “a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (p. 332). Jesus era o mensageiro, Cristo é a mensagem. E Zaqueu recebeu o Cristo em sua casa, ou seja, recebeu essa mensagem de Deus em sua consciência. O que dizia essa mensagem? Ela revelava a natureza divina do homem. Zaqueu percebeu que a desonestidade não fazia parte de seu ser genuíno, o ser que Deus criou, pois Deus é a Verdade, e o filho da Verdade é naturalmente verdadeiro e honesto. Zaqueu sentiu que a verdade e o amor faziam parte de seu ser, portanto ele não poderia agir de maneira contrária à sua natureza divina.

Com certeza o olhar puro e amoroso de Jesus ajudou Zaqueu a ver a si mesmo de uma maneira nova, e trouxe a cura. “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (Ciência e Saúde, p.476/477). A atitude de Jesus para com Zaqueu é um exemplo valioso para todos nós.

Então, como vamos pensar a respeito de pessoas que agiram desonestamente?

Se estivermos imbuídos do amor divino, que separa o erro da pessoa e que enxerga o filho perfeito de Deus por trás das aparências mortais, nossos pensamentos e ações com certeza vão influenciar para a cura da situação.

12 de agosto de 2014

Buscamos o Amor mas já estamos no Amor

Certa ocasião, ao tomar um ônibus, por inspiração comecei a pensar em paz. Parecia uma mensagem angelical, como que me preparando para algum acontecimento. Fiquei pensando na presença de Deus que traz a paz. 

O ônibus estava cheio e fiquei em pé, um pouco atrás do assento reservado às pessoas idosas. Num determinado ponto, subiu lentamente uma senhora idosa e um rapaz, todo apressado, tentou ultrapassá-la e, com raiva, xingou a idosa com palavras muito agressivas.


Por um momento eu fui tomado de revolta contra o rapaz, mas veio-me ao pensamento uma ideia em que vinha pensando pouco antes: “Eu estou no Amor e na paz de Deus, já vim com Deus estou com Deus e vou com Deus” e, vendo que o rapaz ameaçava agredir aquela senhora, eu acrescentei, em meus pensamentos: “Essa verdade é para mim e para todos neste ônibus”.  Lembrei-me da onipresença de Deus, que é Amor, e pensei: “Eu já estou, e todos aqui também já estão, na paz absoluta, e a agressão não tem realidade porque o Amor nos envolve por completo”

Como o rapaz continuava com sua atitude agressiva, eu dei dois passos à frente e fiquei quase do lado dela, pensando em segurar a mão dele caso a levantasse. Como sei artes marciais, veio-me a tentação de que eu poderia dar-lhe um golpe muito forte e deixa-lo desacordado. Lembrei-me, porém, de uma passagem do livro Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, na página 392: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente.” Em outros tempos, antes de eu estudar a Ciência Cristã, eu não teria tido nenhuma paciência e iria querer assumir o papel de herói, mas agora o título de uma Lição Bíblica, me veio ao pensamento: “Deus a causa única e o único Criador” e fui reafirmando: “Se Deus e causa única é também efeito único e seu efeito é somente o bem em todo o universo e em todos nós que somos filhos dEle, portanto só existe um único Remetente de mensagens mentais e nós como destinatários só recebemos mensagens de paz.”

Imediatamente me acalmei. Respirei fundo e dei mais um passo para perto da senhora. O rapaz pareceu ter ficado assustado, desceu depressa do ônibus e tudo se acalmou. A senhora sorriu para mim e eu fui agradecendo muito a Deus, pois percebi que se tivesse cedido à raiva e tentado intervir fisicamente poderia ter provocado uma desarmonia muito maior. Senti como se eu tivesse conseguido andar sobre as águas agitadas de um mar revolto.

Eu oro diariamente com a Oração do Senhor, que Jesus ensinou, e a experiência que relatei acima ilustra algo que, nessa oração, me havia chamado a atenção pouco tempo antes. Tem a ver com a última frase da oração: “Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.” (Mateus 6: 13) Nessa frase, eu entendi que esse “sempre” inclui o agora e todo momento de nossa existência, pois Deus é infinito, jamais termina, e Ele é ação constante e ininterrupta. As três qualidades eternas e infinitas de Deus são: a onipotência (único poder), a onipresença (única presença) e a onisciência (única consciência e ciência) e, de certa forma, para mim, elas correspondem ao que diz a última frase da Oração do Senhor: “Pois teu é o reino, o poder e a glória [o poder, a presença e a sabedoria]”. Foram essas características divinas que ficaram demonstradas na pacificação dentro do ônibus.

Sendo que Deus é Amor onipresente, todos nós já vivemos no Amor, sempre procuramos o amor mas já estamos no Amor. Podemos pensar: já estou no Amor e me mantenho no Amor e busco manifestar esse Amor onde já estou. Em qualquer lugar e com quem quer que seja, sempre somos supridos de ideias do Amor que se refletem humanamente em amor.


5 de agosto de 2014

O homem é sujeito a Deus, e a nada mais


Esta manhã eu li o seguinte trecho do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “O homem deve obediência a Deus, o Espírito, e a nada mais” (p.481).

Conhecendo o original em inglês, sei que este trecho poderia ser traduzido de mais duas formas: “O homem está sob o controle de Deus, o Espírito, e de nada mais” ou “O homem é sujeito a Deus, o Espírito, e a nada mais”.

Assim, percebi que este trecho pode ser desdobrado em diversas orações de negação do erro e afirmação da Verdade para nós e para toda a humanidade. Eis alguns exemplos:

Eu não devo obediência ao corpo material, com suas vontades e caprichos. Eu só devo obediência a Deus, o Espírito, e a nada mais.

Eu não devo obediência às supostas leis materiais. Eu só devo obediência a Deus, o Princípio, e às Suas leis divinas de saúde, santidade, suprimento, harmonia, liberdade e imortalidade.

Eu não sou sujeito ao tempo (ao envelhecimento ou ao declínio). Eu só sou sujeito à Vida eterna, incorpórea, incansável, inesgotável, infinita.

Eu não estou sujeito ao clima (frio, calor, chuvas, ar seco, etc.). Eu só estou sujeito à atmosfera salutar do Amor divino que enche todo o espaço. Eu só estou sujeito à atmosfera mental saudável proporcionada pela Mente divina e Seus pensamentos.

Eu não sou sujeito ao desânimo. Eu sou sujeito a Deus, a Alma, que me anima a todo momento.

Eu não sou sujeito ao medo. Eu só sou sujeito a Deus, o perfeito Amor, que lança fora o medo. Esse Pai-Mãe sempre presente me conforta e me encoraja a todo instante.

Eu não estou sob o controle de hormônios. Eu estou sob o controle carinhoso do Espírito, que me liberta da crença de que hormônios tenham influência sobre mim.

Eu não estou sujeito a pessoas. Eu só sou sujeito a Deus.
No trabalho, eu não estou sujeito a meu chefe humano, eu só estou sujeito a Deus, o Chefe supremo de todos. Todos estamos sob o controle dEle.
Em nosso país, não estamos sujeitos a governantes humanos. Nós só estamos sob o controle de Deus, o Governador supremo, que governa a todos com perfeita sabedoria, amor e justiça.

Eu não estou sujeito a acidentes. Eu só estou sujeito à direção infalível de Deus.

Eu não estou sujeito à desonestidade. Eu só sou sujeito à Verdade e à perfeita honestidade e integridade que Ela manifesta em todos os Seus filhos.

Eu não sou sujeito ao erro. Eu só sou sujeito à Verdade que destrói o erro.

Eu não estou sujeito ao ódio, nem à violência psicológica ou física. Eu só sou sujeito ao Amor divino, que me envolve e me protege como uma armadura impenetrável.

Eu não estou sob o controle da minha própria mente humana, com suas aparentes limitações, crenças e defeitos. Eu só estou sob o controle da Mente divina, que me corrige e me governa, que me inspira o caminho, que, na hora certa, me revela tudo o que eu tenho que saber e fazer.

Eu não sou sujeito a crenças coletivas, nem ao que os outros pensam a meu respeito. Eu só sou sujeito ao que a Mente divina pensa e sabe a meu respeito.

Eu não estou sujeito à influência de outras pessoas, da mídia ou da cultura. Eu só estou sujeito à “influencia divina, sempre presente na consciência humana” (Ciência e Saúde, p.xi). Eu só estou sujeito à Mente divina e a Suas ideias boas, puras, verdadeiras e poderosas, que ocupam todo o meu pensamento a todo momento.

Eu não sou sujeito ao contágio. Eu só sou sujeito à saúde contagiante de Deus. Eu só estou sujeito às ideias saudáveis e salutares que vêm de Deus para mim e para todos.

Eu não estou sujeito a doenças. Eu só estou sujeito a perfeita saúde que é uma qualidade poderosa de Deus, e que é refletida por mim e por todos.

Eu não sou sujeito ao pecado. Nem ao meu pecado, nem ao dos outros. Eu só sou sujeito a Deus e à Sua santidade que é manifestada por todos os Seus filhos.

Eu não sou sujeito à morte. Eu só sou sujeito à Vida que é Deus, imortal, eterna, indestrutível, infinita.

Eu não estou sujeito à falta ou à carência. Eu só estou sujeito ao Amor divino, que sempre satisfaz a toda necessidade humana.

Eu não estou sujeito ao mal, sob nenhum disfarce. Eu sou sujeito a Deus, o bem onipresente, onisciente, onipotente... e a nada mais.

Fiquei maravilhado ao perceber como esse simples trecho de Ciência e Saúde pode ser desdobrado de diversas maneiras e transformado em uma oração prática e completa, que nos abençoa muito.