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6 de fevereiro de 2020

Minha História Espiritual

As pessoas geralmente têm a tendência de olhar para o passado para tirar conclusões sobre elas mesmas. Por exemplo, é comum ouvirmos um estudante falar “eu não sou bom em matemática.” De onde ele tirou essa conclusão? Do passado. Ele teve dificuldade em aprender essa matéria e tirou notas baixas, logo concluiu que não é bom em matemática, e essa conclusão passa a limitar seu presente e seu futuro.

Referindo-se a um problema de saúde ou de comportamento, é comum ouvirmos alguém dizer “eu sempre tive esse problema”. Nessa afirmação está implícita a conclusão: “por isso, acho que sempre terei esse problema”. Só porque o problema fez parte de seu passado, as pessoas erroneamente concluem que o problema fará parte de seu futuro. Será que está certo pensar assim? 

Será que a história material define quem eu sou? Será que meus pensamentos e ações do passado, os erros e acertos que fiz, definem quem eu sou hoje? De onde eu devo tirar conclusões a meu respeito, do passado, ou da verdade espiritual?

Mary Baker Eddy, que foi uma grande pensadora e reformadora religiosa, tocou nesse assunto quando escreveu estas palavras: “A verdadeira teoria sobre o universo, que inclui o homem, não está na história material, mas no desdobramento espiritual” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p.547). 

A ideia de “desdobramento espiritual” também pode ser traduzida como “desenvolvimento espiritual”. Ou seja, devo pensar menos na minha história material, e mais no meu desenvolvimento espiritual. Posso ter cometido erros, mas não vou me limitar por eles, nem deixar que eles me assombrem. Vou focar no que aprendi com eles. Vou agradecer pelo progresso espiritual, por cada lição que aprendi na minha trajetória. 


Também aprendi que não devo elaborar teorias a meu respeito com base em minha história material, mas sim no desdobramento espiritual do bem em minha vida. Em vez pensar “eu tenho esse defeito porque sempre o tive” aprendi a pensar “eu não posso ter esse defeito porque Deus não tem esse defeito, e eu sou a imagem e semelhança de Deus”. Em vez de olhar para o passado para aprender quem eu sou, passei a olhar para Deus, que é a verdadeira fonte de meu ser. Deus define quem eu sou. Deus é perfeito e me criou com perfeição. Ele nunca me deu o mal. Ele é totalmente bom, e só me dá o bem. Deus nunca me deu defeitos. Ele só me dá qualidades. Todas as qualidades de Deus são sempre refletidas por mim e por todos. Inteligência, sabedoria, saúde, santidade, vitalidade, pureza, harmonia, alegria... são qualidades que Deus me deu e nada pode tirar.

Anos atrás, eu queria muito arrumar uma namorada, mas não conseguia. Conheci várias garotas em diferentes ocasiões, mas parecia que nenhuma delas se interessava por mim. Eu não sabia o porquê disso e ficava desolado. Então percebi que, ao conhecer uma garota, eu sempre contava a história triste de meus desejos e aspirações profissionais que eu não tinha conseguido realizar. Alguns projetos mal sucedidos no passado me atormentavam e me faziam ter uma baixa autoestima. Sem querer, eu passava a imagem de um homem fracassado. Mais tarde, percebi que eu estava dando um falso testemunho sobre mim mesmo, com base em minha história material e não em fatos espirituais. 

Uma passagem de Ciência e Saúde me chamou a atenção: “Todas as formas do erro sustentam as falsas conclusões de que haja mais de uma Vida, de que a história material seja tão real e tão viva como a história espiritual” (p.204). Pensando neste trecho, veio-me a pergunta: Será que existe uma história espiritual, que possa contradizer e anular a história material? Como posso descobrir minha história espiritual?

Tempos depois, eu conheci uma garota legal e nós marcamos um encontro para dali há alguns dias. Quando a data do encontro se aproximava, o medo aumentava. O passado me assombrava, fazendo-me acreditar que ia se repetir. Será que aquela menina ia se interessar por mim? Será que ela me rejeitaria, como fizeram as outras antes dela? O que eu podia fazer para o passado não se repetir? 

Um pouco antes do encontro, eu comecei a orar. Me voltei a Deus com todo o coração, abrindo meu pensamento para as mensagens angelicais que vinham de Deus pra mim. Veio-me a ideia de olhar meu passado com olhos espirituais, com os olhos de Deus. Qual é meu verdadeiro passado? Ou seja, o que Deus sabe sobre mim e sobre meu passado?

Enquanto caminhava pela calçada, indo me encontrar com a garota, veio-me claramente ao pensamento que meu verdadeiro passado é que eu sempre fui um filho perfeito de Deus, sempre manifestei a Sua imagem e semelhança, sempre pensei e agi corretamente, sempre estive no lugar certo na hora certa, pois sempre fui guiado pela direção infalível de Deus. Eu nunca estive separado de Deus, pensando e agindo sozinho e cometendo erros. Eu sempre fui unido a Deus, sempre fui governado por Ele, sempre manifestei todas as qualidades divinas que Deus me deu. Esse é meu verdadeiro passado. Eu nunca tinha sido um mortal fracassado e rejeitado. Eu sou e sempre fui um filho de Deus bem sucedido e muito amado. Essas ideias me revelaram uma maneira nova de pensar sobre mim mesmo. 

Embalado por essa inspiração, o medo se dissipou, e eu me portei com segurança e confiança no encontro com a garota. Eu estava manifestando meu verdadeiro ser, repleto de qualidades divinas. Nem conversei sobre coisas ruins do passado. Só falei sobre coisas boas. E fiquei feliz de perceber que a garota gostou de mim como eu gostei dela. Em pouco tempo, começamos a namorar. Foi um namoro que durou cinco anos e trouxe muitas bênçãos e progresso espiritual para mim e para ela, de quem sou amigo até hoje.

Essa experiência me revelou a importância de não nos identificarmos nem nos assustarmos com a falsa história material, mas sim ter em mente nossa história espiritual, que é nossa única história verdadeira.


“Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço cousa nova, que está saindo à luz”. (Isaías 43:18,19)

“Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13,14)

22 de fevereiro de 2017

de Deus receber e dar


“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). A frase “de graça recebestes, de graça dai” pode ter três significados diferentes.

O primeiro é o mais óbvio: de graça, ou seja, sem pagar nada, você recebeu sua compreensão espiritual da Verdade e do Amor que curam, portanto dai aos outros esta mesma compreensão sanadora, sem cobrar nada.


O segundo significado vem do trecho em inglês: "Freely ye have received, freely give", “livremente recebestes, livremente dai”. Ou seja, livremente (sem limitações) recebemos de Deus tudo o que temos, portanto podemos dar livremente essa riqueza espiritual aos outros, dar nossa compreensão espiritual e nosso amor a todos, sem nos limitar.


O terceiro significado vem do original grego: “da graça recebestes, da graça dai”. Ou seja, da graça divina recebestes, da graça divina dai. Da fonte divina recebemos, da mesma fonte divina nós damos. O amor e o bem que damos aos outros não vêm de nós, vêm de Deus. Recebemos de Deus tudo o que temos, portanto dessa mesma fonte inesgotável nós damos aos outros. Com essa compreensão espiritual nós podemos fazer o bem sem nos prejudicar ou nos limitar. 


Tiramos o nosso ego do centro e colocamos o único verdadeiro Ego, o EU SOU, no centro de nossos pensamentos e de nossas ações. Deus é quem faz o bem para nós e através de nós. Quando achamos que nós somos a fonte do bem que fazemos, às vezes nos sentimos sugados pelas pessoas que nos pedem ajuda, ou cansados por tentar fazer bem sozinhos. Também é frequente nos sentirmos limitados em nossa capacidade de fazer o bem, ou frustrados por não conseguir fazer o bem que desejamos.

Mas se reconhecemos que Deus é quem faz o bem, seja através de nós ou através dos outros, isso nos liberta de um falso senso de responsabilidade, de ter que fazer o bem sozinhos, sem a ajuda do Pai.

Deus é o único Doador, o único que dá o bem a todos. Quando compreendemos isso, nos sentimos livres para receber e para dar o bem divino, sem limitações.


18 de dezembro de 2014

Minha História Espiritual

As pessoas geralmente têm a tendência de olhar para o passado para tirar conclusões sobre elas mesmas. Por exemplo, é comum ouvirmos um estudante falar “eu não sou bom em matemática.” De onde ele tirou essa conclusão? Do passado. Ele teve dificuldade em aprender essa matéria e tirou notas baixas, logo concluiu que não é bom em matemática, e essa conclusão passa a limitar seu presente e seu futuro.

Referindo-se a um problema de saúde ou de comportamento, é comum ouvirmos alguém dizer “eu sempre tive esse problema”. Nessa afirmação está implícita a conclusão: “por isso, acho que sempre terei esse problema”. Só porque o problema fez parte de seu passado, as pessoas erroneamente concluem que o problema fará parte de seu futuro. Será que está certo pensar assim?

Será que a história material define quem eu sou? Será que meus pensamentos e ações do passado, os erros e acertos que fiz, definem quem eu sou hoje? De onde eu devo tirar conclusões a meu respeito, do passado, ou da verdade espiritual?

Mary Baker Eddy, que foi uma grande pensadora e reformadora religiosa, tocou nesse assunto quando escreveu estas palavras: “A verdadeira teoria sobre o universo, que inclui o homem, não está na história material, mas no desdobramento espiritual” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p.547).

A ideia de “desdobramento espiritual” também pode ser traduzida como “desenvolvimento espiritual”. Ou seja, devo pensar menos na minha história material, e mais no meu desenvolvimento espiritual. Posso ter cometido erros, mas não vou me limitar por eles, nem deixar que eles me assombrem. Vou focar no que aprendi com eles. Vou agradecer pelo progresso espiritual, por cada lição que aprendi na minha trajetória.


Também aprendi que não devo elaborar teorias a meu respeito com base em minha história material, mas sim no desdobramento espiritual do bem em minha vida. Em vez pensar “eu tenho esse defeito porque sempre o tive” aprendi a pensar “eu não posso ter esse defeito porque Deus não tem esse defeito, e eu sou a imagem e semelhança de Deus”. Em vez de olhar para o passado para aprender quem eu sou, passei a olhar para Deus, que é a verdadeira fonte de meu ser. Deus define quem eu sou. Deus é perfeito e me criou com perfeição. Ele nunca me deu o mal. Ele é totalmente bom, e só me dá o bem. Deus nunca me deu defeitos. Ele só me dá qualidades. Todas as qualidades de Deus são sempre refletidas por mim e por todos. Inteligência, sabedoria, saúde, santidade, vitalidade, pureza, harmonia, alegria... são qualidades que Deus me deu e nada pode tirar.

Anos atrás, eu queria muito arrumar uma namorada, mas não conseguia. Conheci várias garotas em diferentes ocasiões, mas parecia que nenhuma delas se interessava por mim. Eu não sabia o porquê disso e ficava desolado. Então percebi que, ao conhecer uma garota, eu sempre contava a história triste de meus desejos e aspirações profissionais que eu não tinha conseguido realizar. Alguns projetos mal sucedidos no passado me atormentavam e me faziam ter uma baixa autoestima. Sem querer, eu passava a imagem de um homem fracassado. Mais tarde, percebi que eu estava dando um falso testemunho sobre mim mesmo, com base em minha história material e não em fatos espirituais.

Uma passagem de Ciência e Saúde me chamou a atenção: “Todas as formas do erro sustentam as falsas conclusões de que haja mais de uma Vida, de que a história material seja tão real e tão viva como a história espiritual” (p.204). Pensando neste trecho, veio-me a pergunta: Será que existe uma história espiritual, que possa contradizer e anular a história material? Como posso descobrir minha história espiritual?

Tempos depois, eu conheci uma garota legal e nós marcamos um encontro para dali há alguns dias. Quando a data do encontro se aproximava, o medo aumentava. O passado me assombrava, fazendo-me acreditar que ia se repetir. Será que aquela menina ia se interessar por mim? Será que ela me rejeitaria, como fizeram as outras antes dela? O que eu podia fazer para o passado não se repetir?

Um pouco antes do encontro, eu comecei a orar. Me voltei a Deus com todo o coração, abrindo meu pensamento para as mensagens angelicais que vinham de Deus pra mim. Veio-me a ideia de olhar meu passado com olhos espirituais, com os olhos de Deus. Qual é meu verdadeiro passado? Ou seja, o que Deus sabe sobre mim e sobre meu passado?

Enquanto caminhava pela calçada, indo me encontrar com a garota, veio-me claramente ao pensamento que meu verdadeiro passado é que eu sempre fui um filho perfeito de Deus, sempre manifestei a Sua imagem e semelhança, sempre pensei e agi corretamente, sempre estive no lugar certo na hora certa, pois sempre fui guiado pela direção infalível de Deus. Eu nunca estive separado de Deus, pensando e agindo sozinho e cometendo erros. Eu sempre fui unido a Deus, sempre fui governado por Ele, sempre manifestei todas as qualidades divinas que Deus me deu. Esse é meu verdadeiro passado. Eu nunca tinha sido um mortal fracassado e rejeitado. Eu sou e sempre fui um filho de Deus bem sucedido e muito amado. Essas ideias me revelaram uma maneira nova de pensar sobre mim mesmo.

Embalado por essa inspiração, o medo se dissipou, e eu me portei com segurança e confiança no encontro com a garota. Eu estava manifestando meu verdadeiro ser, repleto de qualidades divinas. Nem conversei sobre coisas ruins do passado. Só falei sobre coisas boas. E fiquei feliz de perceber que a garota gostou de mim como eu gostei dela. Em pouco tempo, começamos a namorar.

Essa experiência me revelou a importância de não nos identificarmos nem nos assustarmos com a falsa história material, mas sim ter em mente nossa história espiritual, que é nossa única história verdadeira.


“Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço cousa nova, que está saindo à luz”. (Isaías 43:18,19)


“Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13,14)

19 de setembro de 2014

Somos livres para fazer o que é correto!

Em tempos de eleições muito se tem falado sobre o tema da honestidade. A insatisfação com o comportamento de políticos tem gerado demandas sinceras pela expressão de qualidades mais elevadas, como a pureza, a seriedade, o compromisso, o altuísmo e, claro, a honestidade.
O desejo de enxergar o progresso moral em nossa sociedade é plenamente legítimo. Mas algo que tem chamado minha atenção nos últimos tempos, é a importância de reconhecer que toda verdadeira transformação começa em nosso próprio pensamento. Na Bíblia, em Mateus 7, Jesus diz:
“Como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mateus 7: 4-5)
Essas passagens nos instigam a fazer algumas perguntas sinceras a nós mesmos: Estou expressando em minha própria vida qualidades de honestidade, pureza e altruísmo? Estou enxergando o mundo ao meu redor de uma perspectiva pura, que vê o meu próximo como a imagem e semelhança de Deus? Qual é a imagem que está diante de meus próprios olhos?
Se procurarmos nas histórias bíblicas exemplos de superação de situações de desonestidade, veremos que grande parte delas foi desencadeada pelos mais diversos sentimentos. A cobiça, o medo, a inveja, a ganância, a competitividade, são alguns deles. Sentimentos que não têm origem e nem ponto de apoio em Deus, mas sim em uma falsa concepção do “eu” ou “ego”.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy apresenta um antídoto poderoso, não simplesmente para lidar ou contornar essas questões, mas para curá-las. Ela diz:
“Não podemos edificar com segurança sobre fundamentos falsos. A Verdade faz uma nova criatura, na qual as coisas antigas passam; ‘eis que se fizeram novas’. As emoções descontroladas, o amor ao ego, os vícios, o ódio, o medo, toda a sensualidade cedem à espiritualidade, e a superabundância do existir está do lado de Deus, o bem.
Não podemos encher vasilhas que já estão cheias. É preciso primeiro esvaziá-las. Tiremos as roupagens do erro. Então, quando soprarem os ventos de Deus, não nos apegaremos aos nossos farrapos.” (p. 201)
Mas como esvaziar as vasilhas de nosso próprio pensamento para deixar entrar aquilo que é bom e puro? Eddy continua:“O meio de se extrair o erro da mente mortal consiste em inundá-la com a verdade mediante torrentes de Amor.”
Inundar o pensamento com a verdade, a verdade de que somos amados por Deus, todos nós, incluídos nesse Amor, cercados por esse Amor. É com essa torrente de pensamentos que inundamos nossa consciência.
E somos capazes de fazer isso, não por meio da força de vontade ou do pensamento positivo. Mas simplesmente porque, como imagem e semelhança de Deus, refletimos a consciência divina. Os pensamentos de amor já são nossos, nos constituem, são intrínsecos à nossa natureza.
Fazer o que é certo, honesto e puro traz uma sensação de paz sem igual. Nada se compara à satisfação de saber que estamos agindo de acordo com os princípios e leis mais elevados do Amor divino. Nenhum outro suposto prazer material pode trazer a tranquilidade e a segurança que a expressão da honestidade, da pureza e do altruísmo – como qualidades espirituais – nos traz.
Pensar e agir dessa forma é tirar a trave de nossos próprios olhos e enxergar a nós mesmos e aos que estão ao nosso redor, como Deus nos fez. Esse é o antídoto que cura.

5 de agosto de 2014

O homem é sujeito a Deus, e a nada mais


Esta manhã eu li o seguinte trecho do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “O homem deve obediência a Deus, o Espírito, e a nada mais” (p.481).

Conhecendo o original em inglês, sei que este trecho poderia ser traduzido de mais duas formas: “O homem está sob o controle de Deus, o Espírito, e de nada mais” ou “O homem é sujeito a Deus, o Espírito, e a nada mais”.

Assim, percebi que este trecho pode ser desdobrado em diversas orações de negação do erro e afirmação da Verdade para nós e para toda a humanidade. Eis alguns exemplos:

Eu não devo obediência ao corpo material, com suas vontades e caprichos. Eu só devo obediência a Deus, o Espírito, e a nada mais.

Eu não devo obediência às supostas leis materiais. Eu só devo obediência a Deus, o Princípio, e às Suas leis divinas de saúde, santidade, suprimento, harmonia, liberdade e imortalidade.

Eu não sou sujeito ao tempo (ao envelhecimento ou ao declínio). Eu só sou sujeito à Vida eterna, incorpórea, incansável, inesgotável, infinita.

Eu não estou sujeito ao clima (frio, calor, chuvas, ar seco, etc.). Eu só estou sujeito à atmosfera salutar do Amor divino que enche todo o espaço. Eu só estou sujeito à atmosfera mental saudável proporcionada pela Mente divina e Seus pensamentos.

Eu não sou sujeito ao desânimo. Eu sou sujeito a Deus, a Alma, que me anima a todo momento.

Eu não sou sujeito ao medo. Eu só sou sujeito a Deus, o perfeito Amor, que lança fora o medo. Esse Pai-Mãe sempre presente me conforta e me encoraja a todo instante.

Eu não estou sob o controle de hormônios. Eu estou sob o controle carinhoso do Espírito, que me liberta da crença de que hormônios tenham influência sobre mim.

Eu não estou sujeito a pessoas. Eu só sou sujeito a Deus.
No trabalho, eu não estou sujeito a meu chefe humano, eu só estou sujeito a Deus, o Chefe supremo de todos. Todos estamos sob o controle dEle.
Em nosso país, não estamos sujeitos a governantes humanos. Nós só estamos sob o controle de Deus, o Governador supremo, que governa a todos com perfeita sabedoria, amor e justiça.

Eu não estou sujeito a acidentes. Eu só estou sujeito à direção infalível de Deus.

Eu não estou sujeito à desonestidade. Eu só sou sujeito à Verdade e à perfeita honestidade e integridade que Ela manifesta em todos os Seus filhos.

Eu não sou sujeito ao erro. Eu só sou sujeito à Verdade que destrói o erro.

Eu não estou sujeito ao ódio, nem à violência psicológica ou física. Eu só sou sujeito ao Amor divino, que me envolve e me protege como uma armadura impenetrável.

Eu não estou sob o controle da minha própria mente humana, com suas aparentes limitações, crenças e defeitos. Eu só estou sob o controle da Mente divina, que me corrige e me governa, que me inspira o caminho, que, na hora certa, me revela tudo o que eu tenho que saber e fazer.

Eu não sou sujeito a crenças coletivas, nem ao que os outros pensam a meu respeito. Eu só sou sujeito ao que a Mente divina pensa e sabe a meu respeito.

Eu não estou sujeito à influência de outras pessoas, da mídia ou da cultura. Eu só estou sujeito à “influencia divina, sempre presente na consciência humana” (Ciência e Saúde, p.xi). Eu só estou sujeito à Mente divina e a Suas ideias boas, puras, verdadeiras e poderosas, que ocupam todo o meu pensamento a todo momento.

Eu não sou sujeito ao contágio. Eu só sou sujeito à saúde contagiante de Deus. Eu só estou sujeito às ideias saudáveis e salutares que vêm de Deus para mim e para todos.

Eu não estou sujeito a doenças. Eu só estou sujeito a perfeita saúde que é uma qualidade poderosa de Deus, e que é refletida por mim e por todos.

Eu não sou sujeito ao pecado. Nem ao meu pecado, nem ao dos outros. Eu só sou sujeito a Deus e à Sua santidade que é manifestada por todos os Seus filhos.

Eu não sou sujeito à morte. Eu só sou sujeito à Vida que é Deus, imortal, eterna, indestrutível, infinita.

Eu não estou sujeito à falta ou à carência. Eu só estou sujeito ao Amor divino, que sempre satisfaz a toda necessidade humana.

Eu não estou sujeito ao mal, sob nenhum disfarce. Eu sou sujeito a Deus, o bem onipresente, onisciente, onipotente... e a nada mais.

Fiquei maravilhado ao perceber como esse simples trecho de Ciência e Saúde pode ser desdobrado de diversas maneiras e transformado em uma oração prática e completa, que nos abençoa muito.


24 de junho de 2014

Rico em Perdoar


Eu quero ser rico. Acho que todo mundo quer, não é mesmo? Mas será que o único jeito de ser rico é ter muito dinheiro? Será que não existe outros tipos de riqueza que não sejam materiais?

A Bíblia nos dá uma dica, quando ela recomenda: “…volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7).

Quando li esse trecho, pensei que eu também posso ser “rico em perdoar”. Guardar ressentimento, mágoa ou ter ódio das pessoas é a pior forma de pobreza, e saber perdoar é uma riqueza. E que riqueza maravilhosa é ser livre do rancor, da raiva e estar cheio de amor!

Quais são as vantagens de se guardar rancor ou ter raiva de alguém? Ficamos bravos ou alterados sempre que nos lembramos dessa pessoa e do problema que ela nos causou. Passamos horas pensando em como a pessoa foi injusta, nos sentindo vítimas, e desejando ou até planejando algum tipo de vingança. Que desperdício de tempo e de pensamentos! A pessoa que nos prejudicou ou ofendeu continua tocando a vida dela, enquanto nós interrompemos a nossa, ocupando nossos pensamentos com raiva e ressentimento. Esse  estado mental realmente não nos traz nenhuma benefício. É pobreza mental.

Riqueza espiritual é amar o próximo como a si mesmo. Mesmo quando achamos que ele não mereça o nosso amor.


Certa vez, minha motocicleta parou de funcionar no meio da rua, e tive de empurrá-la até achar um mecânico. No caminho, uma agente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) começou a apitar freneticamente e me impediu de continuar por uma rua, pois era contramão. Ela me tratou mal, ameaçou me multar e me obrigou a empurrar a moto por um caminho muito mais difícil. Obedeci de mau grado e eu fiquei com muita raiva daquela mulher. Sempre que lembrava do ocorrido, eu me imaginava revidando a truculência dela e xingando-a de vários nomes feios.

Nos anos que se passaram, eu aprendi a importância do perdão e procurei não guardar rancor de ninguém, mas perdoar a todos os que me fizeram mal direta ou indiretamente (inclusive políticos). Passei a levar a sério essa frase do Pai-Nosso: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado a nossos devedores.” Eu também cometo erros. Se quero que os outros me perdoem, também eu preciso perdoar os outros.

Outro dia, eu vi um motoqueiro empurrando sua moto e me lembrei de quando passei pela mesma situação. Então percebi que nunca tinha perdoado aquela mulher, a agente da CET. Naquele momento resolvi perdoá-la. Ali mesmo, eu perdoei-a em meu coração. Que sensação boa que isso me trouxe! Senti-me em paz. Então percebi na prática como uma atitude tão simples, de perdoar, traz uma riqueza tão grande.

Deus nos ama com Seu amor infinito. Deus é Amor, e Deus sempre nos perdoa. Deus é rico em perdoar, e nós também podemos ser, se perdoarmos os outros como Deus nos perdoa, se amarmos os outros como Deus nos ama. Isso é uma riqueza maior do que todo o dinheiro do mundo, e nos traz verdadeira paz e satisfação.


29 de outubro de 2013

Livre de pensamentos paralisantes


Aprendi uma lição valiosa lendo uma passagem da Bíblia, em João 5:1-9, na qual Jesus vai ao tanque de Betesda, onde há uma multidão de enfermos que acreditam que a água do tanque tem poderes curativos. Ele pergunta a um paralítico que ali estava: “Queres ser curado?” O enfermo responde: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque...”


Eu me identifiquei com esse paralítico. No momento em que lia a história, eu me sentia paralisado em minha carreira. Sou escritor e estava há bastante tempo tentando publicar uma coleção de livros infantis, mas não estava conseguindo. Pensava no Cristo perguntando para mim: Você quer progredir profissionalmente? E eu respondia: Eu não tenho ninguém que me ofereça uma oportunidade. Eu não tenho ninguém que me indique... Eu não tenho ninguém que se interesse pelo meu trabalho. Não tenho... não tenho...

Percebi que a resposta do paralítico indicava exatamente o que paralisava o corpo dele, e a minha carreira. “Não tenho” é um pensamento paralisante. Focar o pensamento no que eu “não tenho” me fazia ficar paralisado, com medo e sem saber o que fazer. Como podia sair desse estado mental?

O que me ajudou foi a resposta de Jesus ao paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Essa ordem era como se fosse para mim. Ouvi o Cristo me dizer: “Levanta-te, ergue-te desse estado mental limitado de “não tenho” e toma posse do que você já tem, usa o que você tem... e anda, dê os passos necessários para o progresso”.

Em vez de ficar lamentando o que eu não tenho, eu me fiz essa pergunta: O que é que eu já tenho? A resposta me veio bem clara: Eu tenho Deus, que é meu Pai e Mãe. Ele me ama. Ele cuida de mim. Ele me inspira, Ele me dá as ideias que eu preciso para agir corretamente. Ele me guia e me governa. Eu tenho a Deus, que é o dono de todo o mundo. Tudo é dEle, e Ele é meu Pai. Preciso de algo a mais?

Pensei também que eu tenho talentos específicos e tenho todas as qualidades que preciso para progredir: inteligência, sabedoria, criatividade, domínio, saúde, paciência, disciplina, paz... Reflito abundantemente todas essas qualidades divinas, pois eu sou o reflexo de Deus, a imagem e semelhança de Deus, e tenho tudo o que Deus tem.

Inspirado por essas verdades espirituais, eu tive a ideia de ligar para uma certa editora. Para minha surpresa, o próprio dono me atendeu e demonstrou interesse pelos meus livros. Participei de diversas reuniões e trabalhei bastante para adaptar os livros para o público alvo dessa editora. Para isso, eu tive que utilizar o que “eu tenho”, ou seja, minhas qualidades divinas, meus talentos e a inspiração constante que Deus me dá. Meses depois, meus livros finalmente foram publicados. Agora eles estão sendo um sucesso e abençoando muitas crianças.

Fiquei muito feliz de ter dado esse passo de progresso em minha carreira, graças ao apoio e a inspiração que sempre recebo de meu Pai-Mãe Deus.



9 de agosto de 2013

Nossa herança espiritual


Na Ciência Cristã aprendemos que o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, juntamente com a Bíblia, devem ser estudados, ponderados e colocados em prática. Cada vez que os estudo, seja individualmente ou em conjunto, sempre encontro ideias que atendem minhas necessidades, ideias essas que fazem com que, à cada leitura, o mesmo trecho muitas vezes se apresente como renovado.

Algum tempo atrás, ouvi o relato do testemunho de uma pessoa que, apesar de suas orações e de seu estudo diligente da Ciência Cristã, enfrentou um longo período de desafios persistentes. Certo dia, após ter orado, pediu de todo o coração que Deus lhe desse uma orientação, que lhe mostrasse o que deveria ser feito para solucionar aquele caso. Nesse momento, lembrou-se que a Sra Eddy muitas vezes abria sua Bíblia à esmo em busca de respostas, orientação e cura, e sentiu-se inspirada a fazer o mesmo.  
Abriu sua Bíblia ao acaso e caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).
A primeira coisa que lhe veio à mente ao ler essas passagens foi: isso não tem nenhuma relação com o meu problema! Decidiu tentar novamente. Orou, e de olhos fechados abriu sua Bíblia. Pela segunda vez, caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Pensando novamente que esses trechos não tinham nenhuma relação com o problema em questão, repetiu o processo e novamente caiu em Mateus 1:1-17 (a genealogia de Jesus Cristo).

Após essa terceira tentativa, ela até chegou a cogitar que sua Bíblia estivesse “viciada” em abrir nas mesmas páginas. Mas foi então que lhe veio um anjo, um pensamento de Deus, mostrando-lhe que aquela era a resposta de Deus para suas orações.

Ao reler esses trechos várias vezes, percebeu que tinha que curar em seu pensamento uma crença em hereditariedade. Deu-se conta de que aceitar sua origem como material, seria carregar uma falsa herança que tinha resultado naquela situação discordante em que se encontrava.

Após ter descoberto esse erro, ela foi capaz de anulá-lo em seu pensamento e substituí-lo pela verdade de que a única herança de todo homem, mulher e criança é sua origem espiritual. Então, a cura se processou natural e espontaneamente como o nascer do sol pela manhã.

É interessante notar que nesses trechos bíblicos tem-se a tentativa de apresentar uma genealogia detalhada de Jesus. José aparece citado como fazendo parte da  “árvore genealógica” de Jesus, muito embora ele não seja seu pai biológico. Acredito que esses trechos dizem respeito não a um suposto vínculo carnal hereditário entre as diferentes gerações, mas revelam o crescimento espiritual de cada um dos personagens citados. Pois com a expressão de seus atos de amor, de suas qualidades espirituais, cada um deles contribuiu para o aparecimento do Cristo.

Que alegria ser capaz de perceber que a verdadeira árvore genealógica do homem é espiritual e completamente boa. As qualidades divinas são a nossa única herança. Não precisamos aceitar a sugestão de que somos como algum mortal, que herdamos doenças, gênio, propensões, advindos de uma árvore genealógica.

Quanta liberdade essa compreensão nos traz!