19 de setembro de 2014

Somos livres para fazer o que é correto!

Em tempos de eleições muito se tem falado sobre o tema da honestidade. A insatisfação com o comportamento de políticos tem gerado demandas sinceras pela expressão de qualidades mais elevadas, como a pureza, a seriedade, o compromisso, o altuísmo e, claro, a honestidade.
O desejo de enxergar o progresso moral em nossa sociedade é plenamente legítimo. Mas algo que tem chamado minha atenção nos últimos tempos, é a importância de reconhecer que toda verdadeira transformação começa em nosso próprio pensamento. Na Bíblia, em Mateus 7, Jesus diz:
“Como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mateus 7: 4-5)
Essas passagens nos instigam a fazer algumas perguntas sinceras a nós mesmos: Estou expressando em minha própria vida qualidades de honestidade, pureza e altruísmo? Estou enxergando o mundo ao meu redor de uma perspectiva pura, que vê o meu próximo como a imagem e semelhança de Deus? Qual é a imagem que está diante de meus próprios olhos?
Se procurarmos nas histórias bíblicas exemplos de superação de situações de desonestidade, veremos que grande parte delas foi desencadeada pelos mais diversos sentimentos. A cobiça, o medo, a inveja, a ganância, a competitividade, são alguns deles. Sentimentos que não têm origem e nem ponto de apoio em Deus, mas sim em uma falsa concepção do “eu” ou “ego”.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy apresenta um antídoto poderoso, não simplesmente para lidar ou contornar essas questões, mas para curá-las. Ela diz:
“Não podemos edificar com segurança sobre fundamentos falsos. A Verdade faz uma nova criatura, na qual as coisas antigas passam; ‘eis que se fizeram novas’. As emoções descontroladas, o amor ao ego, os vícios, o ódio, o medo, toda a sensualidade cedem à espiritualidade, e a superabundância do existir está do lado de Deus, o bem.
Não podemos encher vasilhas que já estão cheias. É preciso primeiro esvaziá-las. Tiremos as roupagens do erro. Então, quando soprarem os ventos de Deus, não nos apegaremos aos nossos farrapos.” (p. 201)
Mas como esvaziar as vasilhas de nosso próprio pensamento para deixar entrar aquilo que é bom e puro? Eddy continua:“O meio de se extrair o erro da mente mortal consiste em inundá-la com a verdade mediante torrentes de Amor.”
Inundar o pensamento com a verdade, a verdade de que somos amados por Deus, todos nós, incluídos nesse Amor, cercados por esse Amor. É com essa torrente de pensamentos que inundamos nossa consciência.
E somos capazes de fazer isso, não por meio da força de vontade ou do pensamento positivo. Mas simplesmente porque, como imagem e semelhança de Deus, refletimos a consciência divina. Os pensamentos de amor já são nossos, nos constituem, são intrínsecos à nossa natureza.
Fazer o que é certo, honesto e puro traz uma sensação de paz sem igual. Nada se compara à satisfação de saber que estamos agindo de acordo com os princípios e leis mais elevados do Amor divino. Nenhum outro suposto prazer material pode trazer a tranquilidade e a segurança que a expressão da honestidade, da pureza e do altruísmo – como qualidades espirituais – nos traz.
Pensar e agir dessa forma é tirar a trave de nossos próprios olhos e enxergar a nós mesmos e aos que estão ao nosso redor, como Deus nos fez. Esse é o antídoto que cura.

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