Certa vez, lembro-me de ter ouvido como anúncio de abertura
de uma reunião de testemunhos da Ciência Cristã que quando damos um testemunho
estamos compartilhando armas espirituais, armas de amor, que nos ajudam a
enfrentar e vencer os desafios. Com esse mesmo espírito de amor, vou
contar-lhes algo que uma amiga compartilhou comigo há muitos anos atrás.
Sua vida estava um caos. Ela era imigrante e morava em São
Paulo, em um bairro pouco valorizado e considerado feio – faltava água,
praticamente não tinha asfalto nas ruas e havia mato por toda parte. Ela se
sentia muito triste com essa situação, triste com o rumo que sua vida estava
tomando, e não conseguia ver uma saída.
Mas depois de um tempo, ela teve contato com uma praticista
da Ciência Cristã e contou-lhe toda sua história. A praticista, em determinado
momento da conversa, disse-lhe o seguinte: seja grata pela linda flor branca
que você tem em seu jardim.
Minha amiga pensou: “Essa mulher deve estar louca! Eu só vejo
mato da minha janela... tudo é muito feio.”
Voltou desiludida para casa. Mas, ao abrir a janela para
arejar a casa, deparou-se com uma linda rosa branca em seu jardim. Ela ficou
tão grata por aquele tesouro, que começou a arrumar tudo, sentiu-se feliz e
dali em diante as coisas começaram a melhorar muito em sua vida. Ela tornou-se
um membro ativo de uma igreja filial da Ciência Cristã, sendo querida e
respeitada por todos.
Nessa época, eu era novata no estudo dessa Ciência. Quando
ouvi esse testemunho, me calou profundamente o poder da gratidão. E essas armas
de amor, como tesouros, ficaram em meu coração por algum tempo.
Todavia, com o passar dos anos, parecia que eu havia me
esquecido dessa história. Foi então que, recentemente, passei por um desafio
que me trouxe novamente à memória as armas de amor contidas nesse lindo
testemunho. Eu estava muito chateada com algumas pessoas, e até cogitei me
afastar delas. Mas aprendi na Ciência Cristã que os problemas têm de ser
enfrentados e vencidos. O Hino número 18 de nosso Hinário nos diz em parte: “Cumprir
teu dever é dar tudo, vencer”.
Puxa, eu sabia que tinha que vencer, não pessoas, mas o
sentido material que me mostrava um quadro tão desarmonioso, um caos e,
sobretudo, ingratidão. No começo, associei a ingratidão à aquelas pessoas. Mas
depois, quando comecei a orar e a prestar atenção aos anjos, às mensagens que
vinham de Deus, vi que era eu quem não estava manifestando gratidão.
No início foi difícil aceitar essa ideia. Mas então me veio
ao pensamento: você já agradeceu pela flor branca em seu jardim?
Nesse momento, aquela flor branca passou a representar para
mim a importância da gratidão. Dei-me conta de que eu tinha muito a agradecer
pelas lições que havia aprendido com aquelas pessoas até então.
Mentalmente, comecei a enumerar as graças que tinha recebido
por tê-las conhecido. Quando finalizei minha lista mental (não que essa lista
tenha acabado, pois posso sempre contar novas graças) eu experimentei novamente
a liberdade de amar a todos com pureza, sinceridade e desprendimento. Que
maravilha!
Pude aprender com essa experiência que, embora um testemunho
de cura pareça ter sido esquecido, para Deus não há esquecimento, pois como
podemos ler no livro Ciência e Saúde com
a Chave das Escrituras, “Não suponhas que um conceito mental qualquer se
tenha perdido porque não pensas nele. O conceito verdadeiro nunca se perde.”
(p. 87)
Como sou grata a todos que, com tanto amor, louvam a Deus
através de seus testemunhos, nas reuniões de testemunhos, em todos os periódicos
da Ciência Cristã, e em todos os meios de comunicação de que dispomos!
Um comentário:
Muito obrigada Regina por esse lindo testemunho.
Naida
Postar um comentário