17 de julho de 2013

Você já agradeceu pela flor branca em seu jardim?


Certa vez, lembro-me de ter ouvido como anúncio de abertura de uma reunião de testemunhos da Ciência Cristã que quando damos um testemunho estamos compartilhando armas espirituais, armas de amor, que nos ajudam a enfrentar e vencer os desafios. Com esse mesmo espírito de amor, vou contar-lhes algo que uma amiga compartilhou comigo há muitos anos atrás.

Sua vida estava um caos. Ela era imigrante e morava em São Paulo, em um bairro pouco valorizado e considerado feio – faltava água, praticamente não tinha asfalto nas ruas e havia mato por toda parte. Ela se sentia muito triste com essa situação, triste com o rumo que sua vida estava tomando, e não conseguia ver uma saída.

Mas depois de um tempo, ela teve contato com uma praticista da Ciência Cristã e contou-lhe toda sua história. A praticista, em determinado momento da conversa, disse-lhe o seguinte: seja grata pela linda flor branca que você tem em seu jardim.

Minha amiga pensou: “Essa mulher deve estar louca! Eu só vejo mato da minha janela... tudo é muito feio.”

Voltou desiludida para casa. Mas, ao abrir a janela para arejar a casa, deparou-se com uma linda rosa branca em seu jardim. Ela ficou tão grata por aquele tesouro, que começou a arrumar tudo, sentiu-se feliz e dali em diante as coisas começaram a melhorar muito em sua vida. Ela tornou-se um membro ativo de uma igreja filial da Ciência Cristã, sendo querida e respeitada por todos.


Nessa época, eu era novata no estudo dessa Ciência. Quando ouvi esse testemunho, me calou profundamente o poder da gratidão. E essas armas de amor, como tesouros, ficaram em meu coração por algum tempo.

Todavia, com o passar dos anos, parecia que eu havia me esquecido dessa história. Foi então que, recentemente, passei por um desafio que me trouxe novamente à memória as armas de amor contidas nesse lindo testemunho. Eu estava muito chateada com algumas pessoas, e até cogitei me afastar delas. Mas aprendi na Ciência Cristã que os problemas têm de ser enfrentados e vencidos. O Hino número 18 de nosso Hinário nos diz em parte: “Cumprir teu dever é dar tudo, vencer”.

Puxa, eu sabia que tinha que vencer, não pessoas, mas o sentido material que me mostrava um quadro tão desarmonioso, um caos e, sobretudo, ingratidão. No começo, associei a ingratidão à aquelas pessoas. Mas depois, quando comecei a orar e a prestar atenção aos anjos, às mensagens que vinham de Deus, vi que era eu quem não estava manifestando gratidão.
No início foi difícil aceitar essa ideia. Mas então me veio ao pensamento: você já agradeceu pela flor branca em seu jardim?

Nesse momento, aquela flor branca passou a representar para mim a importância da gratidão. Dei-me conta de que eu tinha muito a agradecer pelas lições que havia aprendido com aquelas pessoas até então.

Mentalmente, comecei a enumerar as graças que tinha recebido por tê-las conhecido. Quando finalizei minha lista mental (não que essa lista tenha acabado, pois posso sempre contar novas graças) eu experimentei novamente a liberdade de amar a todos com pureza, sinceridade e desprendimento. Que maravilha!

Pude aprender com essa experiência que, embora um testemunho de cura pareça ter sido esquecido, para Deus não há esquecimento, pois como podemos ler no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, “Não suponhas que um conceito mental qualquer se tenha perdido porque não pensas nele. O conceito verdadeiro nunca se perde.” (p. 87)

Como sou grata a todos que, com tanto amor, louvam a Deus através de seus testemunhos, nas reuniões de testemunhos, em todos os periódicos da Ciência Cristã, e em todos os meios de comunicação de que dispomos!


Um comentário:

Naida disse...

Muito obrigada Regina por esse lindo testemunho.
Naida