O que pensamos
sobre políticos acusados de corrupção? E sobre fiscais, policiais, servidores
públicos, ou qualquer pessoa que cai na tentação de ser desonesto para ganhar
um dinheiro extra?
O sentimento que
a maioria das pessoas têm é de raiva e ódio. Mas será que esse ódio ajuda a
corrigir a situação? Será que o ódio ajuda os corruptos a serem pessoas
melhores? Será que o ódio que sentimos faz bem para nós mesmos? Certamente que
não.
Então o que fazer
quando lemos ou ouvimos notícias de corrupção, ou nos deparamos com alguém
desonesto em nosso dia-a-dia?
Podemos seguir o
exemplo de Jesus.
Certa vez,
enquanto caminhava pela cidade de Jericó, ele se deparou com um coletor de
impostos chamado Zaqueu. Este era conhecido na localidade por cobrar impostos
maiores do que deveria e embolsar para si o excedente. Todos o odiavam. Porém,
o ódio de toda a população de Jericó não ajudou Zaqueu a se corrigir. Mas,
quando ele subiu em uma árvore para ver Jesus passar, algo diferente aconteceu.
Ele foi tratado
com amor. Não com amor humano, que condescende com o erro, mas com amor divino,
que separa o erro da pessoa. Esse amor divino condena a desonestidade, mas
consegue ver um filho de Deus por trás da aparência de um homem desonesto, e
ama a esse filho de Deus.
Jesus não tratou
Zaqueu com ódio, nem lhe deu uma bronca, nem o ameaçou. Jesus pediu para se
hospedar na casa de Zaqueu. Este ficou muitíssimo honrado de hospedar um
profeta de Deus. E quando Zaqueu recebeu Jesus em sua casa, ele ficou tão
tocado pelo amor do Cristo, que resolveu corrigir suas atitudes e ser um homem
melhor e mais honesto.
Mary Baker Eddy
escreve em seu livro Ciência e Saúde com
a Chave das Escrituras: “O amor divino corrige e governa o homem” (p.6).
Não é o ódio humano que corrige e governa o homem, mas sim o amor divino.
No mesmo livro
também lemos que Cristo é “a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à
consciência humana” (p. 332). Jesus era o mensageiro, Cristo é a mensagem. E
Zaqueu recebeu o Cristo em sua casa, ou seja, recebeu essa mensagem de Deus em
sua consciência. O que dizia essa mensagem? Ela revelava a natureza divina do
homem. Zaqueu percebeu que a desonestidade não fazia parte de seu ser genuíno,
o ser que Deus criou, pois Deus é a Verdade, e o filho da Verdade é
naturalmente verdadeiro e honesto. Zaqueu sentiu que a verdade e o amor faziam
parte de seu ser, portanto ele não poderia agir de maneira contrária à sua
natureza divina.
Com certeza o
olhar puro e amoroso de Jesus ajudou Zaqueu a ver a si mesmo de uma maneira
nova, e trouxe a cura. “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era
visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem
perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de
ver o homem curava os doentes” (Ciência e
Saúde, p.476/477). A atitude de Jesus para com Zaqueu é um exemplo valioso
para todos nós.
Então, como vamos
pensar a respeito de pessoas que agiram desonestamente?
Se estivermos imbuídos
do amor divino, que separa o erro da pessoa e que enxerga o filho perfeito de
Deus por trás das aparências mortais, nossos pensamentos e ações com certeza vão
influenciar para a cura da situação.