27 de setembro de 2013

Pessoas “Invisíveis”



Lembro de ter ouvido, em uma palestra da Ciência Cristã, o relato de uma experiência marcante, vivida pela palestrante quando ela era criança. Certo dia, ao se deparar com uma pessoa pedindo ajuda (esmolas), na sua inocência, ela tirou do bolso uma nota, rasgou ao meio e entregou ao “pedinte”. Essa foi a atitude que ela tomou ao querer dividir algo que possuía com alguém que nada tinha. A inocência de uma criança e a visão que ela constrói do mundo, me encantam, pois tudo para eles é tão simples, tão puro, imaculado e tão fácil de se resolver. É uma forma doce e inocente de olhar, de observar o mundo e as pessoas.

Essa experiência me faz refletir sobre o quanto nós (como adultos) estamos acostumados a ver, porém sem enxergar, pessoas que vivem em condições materiais diferentes da nossa. Essas pessoas, ao longo do tempo, tornam-se invisíveis pra nós. Nós não mais as vemos, mas sabemos que elas estão ali. Creio que isso acontece muito mais pelo fato de que sua presença nos causa mal estar, ou até mesmo gera em nós um sentimento de pena, dó.
A Parábola do Bom Samaritano traz-nos esse exemplo. Ela relata a história de um homem caído e ferido.
Muitos passaram por ele, mas somente um teve compaixão e quis ajuda-lo, colocando-o no seu animal, levando-o a uma hospedaria e oferecendo pagamento para que cuidassem bem dele, até que ele se restabelecesse  É uma metáfora, uma das tantas que Jesus contava, mas será que não podemos aprender a adequá-la a nossa realidade? Será que nossa postura perante essas pessoas materialmente não favorecidas está correta? Será que temos seguido o conselho do nosso Mestre de amar a todos como a nós mesmos, ou continuamos a excluir essas pessoas inconscientemente?
O propósito dessa reflexão que compartilho com vocês não é exatamente “vamos dividir tudo o que temos com aqueles que nada tem”. Isso soaria um tanto quanto utópico. Minha inspiração é que possamos enxergar essas pessoas como Deus as vê, em suas condições espirituais, não materiais como aparece à vista dos mortais. Temos de transpor tudo isso e enxergar o homem espiritual e perfeito, repleto de todas as qualidades divinas, bem como suprido pelo Amor divino, cuidado e amparado por Ele. Dessa forma, passaremos a não mais deixar de enxergar essas pessoas, mas passaremos a incluí-las nesse Amor. Compreenderemos que em momento algum elas deixaram de estar incluídas. Ao pensarmos assim, estaremos ajudando da forma mais eficiente que existe, muito mais do que dar esmolas, pois estaremos reforçando a ideia perfeita e real criada por Deus, que é a única verdade a cerca do homem verdadeiro, criado e governado por Deus, e que nunca deixa de estar sob a proteção e os olhos de Deus. 

2 comentários:

Unknown disse...

Geralmente quem anda pelos grandes centros vive tal realidade de maneira mais intensa. Quando aprendermos que Jesus decidiu nos amar e mostrar o seu amor através das pessoas,deixaremos nosso egoísmo barato e nossos esdrúxulos problemas um pouco mais de lado e viveremos o verdadeiro amor, a caridade!O primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas e o segundo,quase nivelado na mesma proporção do primeiro, é amar o próximo como a si mesmo. Abraços

Unknown disse...

...amei o seu texto Andressa e concordo completamente com ele!!!