3 de julho de 2014

Como tomar boas decisões?

  •  “Preciso tomar uma decisão importante, mas não tenho a menor ideia do que fazer.”
  •  “Tenho pouco tempo para escrever um paper da faculdade, mas nem sei por onde começar.”
  •  “Entro em uma reunião de trabalho em meia hora, mas não estou certo de como devo me conduzir.”
  •  “Estou no supermercado cercado de produtos atraentes, mas me sinto confuso sobre o que comprar.”
Provavelmente, muitos de nós já passamos por situações semelhantes. Na hora de tomar uma decisão, seja ela pequena ou grande, sentir dúvida ou insegurança só atrapalha. Quem não deseja se conduzir de forma conveniente, tomar decisões acertadas e proceder de maneira inteligente?


Longe de pretender dar dicas sobre o que fazer em situações específicas, algo que tenho experimentado ser de grande valia nesses momentos é reconhecer o nosso direito inato de expressar o discernimento.

Discernir significa, entre outras coisas, a capacidade de “ver distintamente; discriminar, distinguir, conhecer; avaliar bem.” Expressar discernimento nos conduz sabiamente, traz aquela sensação de paz por ter feito algo correto e nos dá clareza na realização das nossas atividades, de modo que elas sejam não apenas bem sucedidas, mas também abençoem outras pessoas.

Mas seria o discernimento uma característica humana e individual, que alguns detém e outros não? Que alguns expressam mais e outros menos?

Longe disso. O discernimento é uma qualidade espiritual, que pertence a Deus, a Mente divina. Como Sua imagem e semelhança, todos nós temos o direito de expressar, de refletir, essa qualidade tão importante.

Mas como alcançar esse ponto? Mary Baker Eddy, no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, indica alguns passos muito importantes:

Um conhecimento da Ciência do existir desenvolve as faculdades e possibilidades latentes do homem. Estende a atmosfera do pensamento, dando aos mortais acesso a níveis mais amplos e mais elevados. Esse conhecimento eleva o pensador a seu ambiente natural de discernimento e perspicácia.” (p. 128)

Quão importante é dar consentimento ao fato de que todos somos pensadores e podemos nos elevar ao nosso ambiente natural de discernimento e perspicácia! Aceitar mentalmente que isso é possível abre as portas para sua demonstração.

Mas o que acontece quando o oposto do discernimento – ou seja, a dúvida, a confusão, o medo – parecem predominar no pensamento? Muitas vezes parece fácil se deixar levar por pensamentos como: “comigo nunca dá certo”, “eu não sou capaz”, “sou uma pessoa indecisa, sempre fui assim” etc.


Em minha própria experiência tenho percebido que se deixar levar por pensamentos como esses significa esquecer qual é a origem das qualidades que expressamos, seja na forma de discernimento, de inteligência, de criatividade ou de qualquer outra qualidade espiritual. Você já percebeu como pensamentos voltados ao ego como “eu faço”, “eu sou bom”, “eu decido” podem facilmente se transformar no outro extremo: “eu não sou capaz” “eu não consigo”?

Mas não pense que eu estou sugerindo aqui uma posição intermediária entre esses dois extremos. Muito pelo contrário. A chave para que nossas atividades sejam bem sucedidas e realizadas com discernimento é seguir o exemplo de Jesus, o oposto de tudo aquilo que tem sua base no ego pessoal. Certa vez, ao ser chamado de “Bom Mestre”, Jesus aproveitou para ensinar algo muito importante sobre a origem de todo o bem que expressamos. Ele disse: “Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus.” (Mateus 19:17)

A certeza de que toda a inteligência, perspicácia e discernimento estão sempre presentes e pertencem exclusivamente a Deus, o único “Eu sou”, é a humildade necessária que abre as portas para toda a atividade bem sucedida. É dessa forma que podemos usufruir das possibilidades infinitas de expressão da inteligência divina e abençoar não apenas a nós mesmos, mas expandir essas bênçãos para aqueles que nos cercam.

Então, seja em uma decisão importante que precisar tomar, em uma prova escolar, numa reunião de negócios ou em uma simples compra no supermercado, reivindique o seu direito inato de expressar o discernimento. E esteja atento, porque as respostas corretas certamente virão e trarão consigo muitas bênçãos.


Artigo originalmente publicado no Blog Tamara Grigorowitschs, CS

Nenhum comentário: