Era uma noite muito fria, me
agasalhei e saí feliz rumo à reunião de testemunhos da Ciência Cristã na Igreja
Filial em que sou membro.
Cheguei antes da reunião começar,
tomei assento e quando olhei para baixo pensei: “Como pude fazer isso!?” Eu
havia colocado aquelas meias de lã velhas e amarelas.
Eu nunca as tinha visto tão
amarelas! Só dava elas! E eu me sentia desconfortável por estar em público com
elas. Tentei esconder meus pés debaixo da poltrona, puxar a barra da calça para
baixo, mas não tinha jeito, as meias continuavam em evidência.
Foi nesse momento que um anjo, um
pensamento divino, veio a mim: “Regina, você já agradeceu por suas meias
amarelas, pois está tão frio e seus pés estão tão quentinhos? E além do mais, as pessoas não estão aqui para
notar você, mas para louvar a Deus!”
Fiquei, ao mesmo tempo, grata, envergonhada
e feliz. Sim, grata por aquelas meias (que agora me pareciam até bonitas)
estarem nos meus pés aquecendo-os. Envergonhada por ter dado ouvidos àqueles
pensamentos iniciais tão ridículos. E feliz, muito feliz por essa cura, pois
pude perceber claramente que, apesar de a serpente, o erro, parecer tentar nos
envolver e nos tirar do paraíso, Deus é o poder supremo.
E essas ideias me foram muito
úteis em uma outra experiência.
Nossa família estava muito feliz,
pois tínhamos nos mudado para um imóvel próprio, em uma vila com quinze
sobrados, incluindo o nosso, e também pelo fato de uma das famílias que morava
lá ser de nossos parentes. Tudo parecia muito bom.
Todavia, toda essa alegria
inicial logo foi se desvanecendo, principalmente para mim.
Eu não conseguia dormir, em
virtude do barulho provocado pelo transito ininterrupto de veículos, dia e
noite.
Todas as manhãs, quanto eu
chegava no serviço, meus colegas me perguntavam: E aí, dormiu? e eu respondia
desoladamente: Não. Alguns faziam
brincadeiras jocosas, outros até eram solidários, mas não podiam fazer nada.
Meu consolo era a hora do almoço, em que podia tirar uma soneca.
Além disso, nossa família se
sentia bastante hostilizada nessa vila e não tínhamos ideia do porquê.
Nos sentíamos provocados, pois alguns
colocavam seus carros em nossa vaga e, às vezes de tal maneira que não podíamos
entrar em nossa casa, pois bloqueavam nossa porta de acesso. Chegou a tal ponto
que, certa vez precisei apelar para as autoridades para que fosse retirado um
carro da minha vaga, que me impedia de entrar em casa.
Para nós, o clima era tenso e não
era nada amistoso, o que nos era muito difícil, pois em nossa residência
anterior, vivíamos felizes com nossos vizinhos, considerando-nos mutuamente
como uma família.
Confesso que pensei em vender o
imóvel, pois sentia que não poderia aguentar tanta pressão. Mas durante todo
esse tempo, eu orava e sempre estudava a Lição Bíblica da Ciência Cristã, o que
me sustentava e consolava.
O problema de não conseguir
dormir por causa do barulho durou aproximadamente uns dez dias.
Certa noite, me
deitei e não conseguia dormir. Parecia ser mais uma noite em claro, quando, de
repente, me sentei na cama e declarei com firmeza: “Deus não dá para ninguém um
presente de grego. Tudo o que Ele dá é muito bom e atende a todas as
necessidades. Este imóvel é um presente de Deus.”
Deitei-me e dormi
maravilhosamente bem. Foi um sono reparador.
No outro dia, quando meus amigos
me fizeram a clássica pergunta se eu havia dormido, respondi um sonoro: Sim!!
O barulho dos veículos não me incomodava
mais.
O outro problema, de nos
sentirmos hostilizados na vila, durou mais tempo mas também foi curado.
Em Ciência e Saúde com a Chave
das Escrituras, Mary Baker Eddy nos diz: “O melhor sermão jamais pregado é a
Verdade praticada e demonstrada mediante a destruição do pecado, da doença e da
morte” (p. 201).
Gosto demais desse ensinamento,
pois sempre me lembra que tenho que praticar e demonstrar a Verdade, em vez de
só falar sobre Ela.
Desta forma, procurei não mais me
irritar com as provocações e ser o mais gentil que conseguia, embora não fosse
fácil. Mesmo assim, resolvi colocar Deus em primeiro lugar.
As coisas foram mudando
paulatinamente. Uma moradora com quem tínhamos muitos problemas, acabou se
mudando. O sentimento de hostilidade foi
diminuindo até que, um dia, quando eu saía de casa, algumas senhoras da vila me
abordaram para dizer que queriam se desculpar por suas atitudes. Perceberam que
não estavam agindo corretamente e que haviam nos julgado erroneamente.
Fiquei muito feliz e, em nome de
minha família, aceitei as desculpas.
Depois disso, outra senhora me
disse que seu filho queria muito ter comprado o nosso imóvel, mas quando entrou
em contato com a imobiliária, o imóvel já havia sido vendido. Contudo, agora, ela estava contente por nos ter por
vizinhos.
Em Lucas 12:2, lemos “Nada há
encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido”. Isso, de fato, é verdade.
Que maravilha saber que a serpente,
ou o erro, não tem voz real. Sinto muita gratidão por ter ouvido a Deus, não
ter vendido o imóvel, e ter testemunhado a ação divina. Curas como essa são
verdadeiros presentes de Deus, bênçãos para serem desfrutadas por todos. Desfrutemos!
4 comentários:
Regina, gostei muito de sua postura como representante do Amor e da Verdade. Rita
Que testumunho lindo!! Que demonstração de amor!! Obrigada por compartilhar conosco..bjo no coração
Olá Regina, muito obrigado por seu belo testemunho, por sua perseverança,firmeza e atividade sanadora que libertou a todos.
Obrigada Regina, esta experiencia aconteceu comigo, morava num apartamento de fundos, e este ano 2014, recebi um presente de Deus, um ap. na Av. principal da praia, de frente onde tenho uma bela vista para o mar,e um belo e gostoso sol pela manhã.Estou orando e teu testemunho trouxe-me um reforço maravilhoso pois estou conseguindo desfrutar da alegria que o Pai me proporcionou. Por isso é muito importando termos estes testemunhos, compartilhados.
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